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Idlib tem cristãos impedidos de contactar famílias, diz freira portuguesa

Uma freira portuguesa residente na Síria alertou hoje que "há cristãos retidos" na região de Idlib impedidos de contactarem com as famílias, desde que "os terroristas ocuparam [a região] há seis ou sete anos".

Idlib tem cristãos impedidos de contactar famílias, diz freira portuguesa
Notícias ao Minuto

11:35 - 10/02/20 por Lusa

Mundo Síria

Segundo um comunicado hoje divulgado pela Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre), "os combates que se têm verificado nas últimas semanas na região de Idlib, no noroeste da Síria, estão a preocupar as famílias e amigos dos cristãos que residem nesta província que em parte está ainda sob controlo de grupos extremistas".

A Irmã Maria Lúcia Ferreira, que vive no mosteiro de São Tiago Mutilado, em Qara, diz, citada na nota, que esta "é uma situação que pode explodir a todo o momento" e afirma que até nos arredores da cidade de Aleppo tem havido incidentes

"Os terroristas que estão na região fronteiriça com Idlib estão a lançar ataques para a zona de Alepo", afirma esta religiosa que pertence à Congregação das Monjas de Unidade de Antioquia, e que é conhecida como Irmã Myri , acrescentando que, em três vilas habitadas por cristãos na região de Idlib "há cristãos que estão retidos (...) e que nunca mais puderam sair nem ter contacto com as famílias desde que os terroristas ocuparam [a região] há seis ou sete anos".

Numa mensagem gravada enviada para a Fundação AIS em Lisboa, a freira portuguesa refere que as três vilas em questão são Jdaye, Qunaya e Yacubieyh, situando-as perto da cidade de Jaisr al-Shughur e que a ofensiva militar contra redutos jihadistas em Idlib está a afetar toda a região.

De acordo com o comunicado da Fundação, "as movimentações militares nesta região estão a alarmar as populações e a provocar um êxodo enorme, que se calcula ultrapasse já as 550 mil pessoas, agudizando a crise humanitária neste país que em março entra no décimo ano consecutivo de guerra".

No domingo, no Vaticano, o Papa Francisco manifestou preocupação face à situação.

"Continuam a chegar notícias dolorosas do noroeste da Síria, em particular sobre as condições de tantas mulheres e crianças, das pessoas obrigadas a fugir", disse o Pontífice.

A guerra na Síria já terá causado mais de 380 mil mortos e vários milhões de refugiados e de deslocados internos, segundo a Fundação AIS, que tem projetos de assistência humanitária no terreno, nomeadamente dirigidos a crianças, como a campanha "Uma Gota de Leite", promovida pelo Centro de Desenvolvimento Social na Arquidiocese Ortodoxa em Homs e destinado a apoiar a alimentação de crianças oriundas de famílias mais carentes que vivem em Homs, Hama e Damasco.

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