Cimeira UE-África tinha de se realizar em 2020, diz Charles Michel
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, elogiou hoje a "motivação" de Portugal em ter um papel mais forte na relação da Europa com África, mas adiantou que a cimeira UE-África tinha de acontecer ainda este ano.
© Reuters
Mundo Conselho Europeu
Portugal, que assume a Presidência rotativa da União Europeia no primeiro semestre de 2021, manifestou publicamente disponibilidade para acolher a cimeira entre a União Europeia e a União Africana, mas a escolha recaiu sobre a Alemanha que preside à organização europeia no último semestre de 2020.
"A decisão está tomada. A cimeira terá lugar em Bruxelas, em outubro, porque a Presidência portuguesa começa no próximo ano e tínhamos de fazer a cimeira este ano, porque passam três anos da última cimeira UA-UE, na Costa do Marfim", disse.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, falava hoje, em Adis Abeba, durante um pequeno-almoço com jornalistas à margem da cimeira da União Africana, que hoje termina.
Charles Michel escusou-se a responder explicitamente se a opção portuguesa foi considerada, elogiando "a motivação de Portugal" para um maior envolvimento na promoção das relações entre África e a Europa.
"Aprecio que Portugal esteja muito motivado para desempenhar um papel mais forte (...) e, durante a Presidência [portuguesa] teremos ocasião de fazer em Portugal algumas cimeiras informais", adiantou.
A primeira cimeira UE-África teve lugar em 2000, durante a presidência portuguesa da União Europeia, e a segunda - a primeira em solo europeu - realizou-se em 2007, em Lisboa, novamente durante a presidência portuguesa.
Charles Michel está em Adis Abeba para encontros com os chefes de Estado e de Governo africanos, no contexto da preparação do encontro entre os dois blocos.
"É muito importante estar aqui e manter vários encontros bilaterais com líderes africanos. É uma ocasião para ouvir ativamente quais são as suas expectativas para o futuro das nossas relações", disse.
Por outro lado, Charles Michel considerou, que esta é também uma oportunidade para explicar as prioridades europeias.
"Acho que é importante falar com as autoridades africanas, não apenas de migrações, mas também de paz, que é um assunto prioritário para a União Europeia, e de como podemos apoiar de forma mais eficiente o desenvolvimento em África", afirmou.
Por isso, sustentou, esta deslocação a Adis Abeba, quando começam novos mandatos do Conselho Europeu e da Comissão, pretende "alimentar os laços, de diálogo de confiança e de respeito" entre os dois blocos.
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