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Cerca de 550 mortos desde o início da revolta no Iraque

Cerca de 543 iraquianos foram mortos desde o início em 01 de outubro de uma revolta popular inédita que foi reprimida, e assinalada por violências e uma campanha de assassínios e sequestros, indicou hoje a Comissão governamental dos direitos humanos.

Cerca de 550 mortos desde o início da revolta no Iraque
Notícias ao Minuto

18:21 - 07/02/20 por Lusa

Mundo Iraque

O Ministério da Saúde apenas forneceu um balanço do primeiro dia do movimento, que abrange a capital Bagdad e o sul do país e denuncia um poder corrupto e incompetente.

Mais de quatro meses após o início da revolta, a Comissão governamental dos direitos humanos quebrou um longo silêncio, após ter acusado diversas instituições públicas de recusarem comunicar as informações sobre os mortos, feridos ou manifestantes detidos.

Segundo esta instituição estatal, uma das vozes mais críticas da gestão governamental da crise desde o seu início, foram mortas 543 pessoas, incluindo 276 em Bagdad.

A maioria das vítimas são manifestantes, mas também se registaram 17 mortos entre as forças de segurança.

Segundo fontes médicas, perto de 30.000 pessoas foram feridas nos protestos.

Os feridos por balas reais contam-se aos milhares, com as autoridades estatais a acusarem membros das forças de segurança isolados, ou assaltantes não identificados, da autoria dos disparos.

Pelo contrário, os manifestantes denunciam as forças policiais, combatentes de fações armadas e elementos ligados a partidos políticos.

A ONU já acusou por diversas vezes as "milícias" de fomentarem a vasta campanha de assassínios, sequestros e ameaças contra os militantes, com o objetivo de pôr termo ao movimento de contestação sem precedentes no Iraque, considerado o 16.º país mais corrupto do mundo.

A Comissão de direitos humanos referiu-se a 22 assassínios dirigidos a militantes e 72 pessoas desaparecidas, provavelmente ainda sequestradas.

Ainda segundo a Comissão, após 2.700 detenções permanecem nas prisões 328 iraquianos.

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