"Pelas estatísticas que conseguimos consultar, as notícias que nos chegam, o número de polícias assassinados e as informações sobre pessoas assassinadas no México, ser polícia implica um risco quatro vezes maior do que ser um cidadão civil que se dedica a qualquer outra atividade", afirmou à agência de notícias espanhola Efe a presidente desta ONG, Maria Elena Morrera.
De acordo com o relatório, a percentagem de homicídios no México é de 31,1% por cada 100.00 habitantes, enquanto que para o mesmo número de polícias a percentagem situa-se nos 115%.
O único município mexicano no qual os civis têm a mesma probabilidade de morrerem assassinados que os agentes das autoridades é em Chilapa de Álvarez, no estado de Guerrero, uma localidade que foi notícia recentemente devido ao treino que estava a ser dado a crianças para se formarem como polícias comunitários, de modo a combater o crime organizado.
O investigador desta ONG David Blanc assegurou, de acordo com as informações explicitadas no relatório, que "no México é muito fácil matar um polícia e quase nunca há consequências".
Em 2018, terão morrido 452 agentes de autoridade mexicanos, número semelhante ao de 2019 (446), mas em janeiro deste ano o número já é superior ao mês homólogo do ano passado.