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Cinco países do Golfo da Guiné preparam ordenamento do espaço marítimo

Representantes de seis países do Golfo da Guiné, incluindo São Tomé e Príncipe, estão reunidos na capital são-tomense para uma formação de cinco dias para definirem um plano de ordenamento dos seus espaços marítimos.

Cinco países do Golfo da Guiné preparam ordenamento do espaço marítimo
Notícias ao Minuto

17:54 - 04/02/20 por Lusa

Mundo Golfo da Guiné

"O mar é um grande potencial para o desenvolvimento sócio-económico de todos estes nossos países banhados pelo Oceano Atlântico. Podemos explorar o mar como recursos energéticos, recursos pescadores e como recursos petrolíferos e para que essa exploração possa ser feita de forma harmoniosa, durável e sustentável é necessário haver uma planificação", disse o diretor do Projeto Waca, Arlindo Carvalho.

A iniciativa resulta da parceria entre o Projeto de Gestão da Costa Oeste Africana (Waca), a União Internacional da Conservação da Natureza e o Banco Mundial.

Arlindo Carvalho refere que caso não haja essa planificação, poderá verificar-se "uma sobreposição nas atividades" marítimas destes países, que "pode pôr em causa a segurança e a sustentabilidade do mar".

Na reunião que decorre na capital são-tomense participam representantes da Costa do Marfim, Togo, Benin, Mauritânia e Senegal, que pretende partilhar conhecimentos teóricos e práticos sobre como preparar um projeto de planificação marítima.

A preparação deste projeto tem por objetivo "potencializar todo o espaço da zona económica exclusiva (ZEE)" de cada um dos países.

"É preciso definir qual é a zona destinada às pescas, para produção marinha, onde os peixes podem desovar, reproduzir sem serem molestados, estamos em vias de exploração petrolífera e é preciso definir onde exatamente vão estar situados os blocos de petróleo e para que eles também possa tem uma certa proteção de caráter ambiental", explicou o diretor do projeto Waca.

Estes seis países projetam para os próximos três anos ter cada um o seu plano de ordenamento marítimo devidamente elaborado com vista á sua exploração harmoniosa, particularmente São Tomé e Príncipe, cujo espaço marítimo é 16 vezes maior que a superfície terrestre.

"O país tem que fazer uma espécie de inventário dos potenciais investimentos que pretende fazer no mar. Nós ainda não temos qualquer investimento no mar. Alguns já estão a explorar o petróleo com todas as consequências que elas trazem, tais como a poluição e degradação do sistema marinho", disse Arlindo Carvalho.

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