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Migrações: Número de chegadas às Canárias aumentou 18 vezes num ano

O número de migrantes clandestinos que chegaram em janeiro às Ilhas Canárias, no oceano Atlântico, aumentou 18 vezes num ano, segundo os últimos dados do governo espanhol divulgados hoje.

Migrações: Número de chegadas às Canárias aumentou 18 vezes num ano
Notícias ao Minuto

13:56 - 04/02/20 por Lusa

Mundo Migrantes

O aumento migratório coincide com os esforços de Marrocos para desencorajar os migrantes de usar o seu território para chegar à Europa, provocando receios em Espanha pela reabertura da "rota das Canárias", usada por dezenas de milhares de migrantes no final dos anos 2000 e que evita a passagem por Marrocos.

Neste arquipélago espanhol próximo das costas da Mauritânia e Senegal, 708 migrantes foram registados em janeiro, em comparação com 40 em janeiro de 2019, de acordo com um relatório do Ministério do Interior espanhol.

Por outro lado, as chegadas às costas mediterrânicas de Espanha caíram 72% no mesmo mês de janeiro.

No total, Espanha registou uma diminuição de 54,5% nas chegadas marítimas no ano passado. O número passou de 57.498 em 2018 para 26.168 em 2019, segundo o Ministério do Interior.

No ano passado, Marrocos impediu que um grande número de embarcações deixasse as suas costas, nomeadamente no norte, para chegar a Espanha atravessando o Mediterrâneo.

Marrocos frustrou "74.000 tentativas de imigração ilegal para a Espanha" em 2019, indicou o governador responsável pela migração no Ministério do Interior marroquino, Khalid Zerouali.

Para apoiar essas ações, a União Europeia concedeu 140 milhões de euros a Marrocos em 2019. Madrid também forneceu apoios adicionais a Rabat.

Na segunda-feira, a polícia espanhola anunciou que deteve 26 pessoas que formavam uma rede criminosa que teria introduzido mais de 900 migrantes em Espanha em 2019, a partir da costa de Oran (Argélia) e Tânger (Marrocos) para as praias de Almeria e Cádiz em lanchas rápidas.

A organização desmantelada estava sediada na Argélia e nas províncias espanholas de Almeria e Alicante e, de acordo com a Direção-Geral da Polícia, esta atividade criminosa terá resultado em lucros de mais de um milhão de euros em 2019, uma vez que cobrava cada migrante entre 2.000 e 2.500 euros pela travessia marítima.

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