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Casas em Wuhan estão a ser invadidas para alimentar animais esfomeados

São já mais de 400 mortos e mais de 20.400 infetados pelo novo coronavírus (2019-nCoV).

Casas em Wuhan estão a ser invadidas para alimentar animais esfomeados
Notícias ao Minuto

08:55 - 04/02/20 por Sara Gouveia

Mundo Coronavírus

Wuhan, a capital da província chinesa de Hubei, foi colocada sob quarentena, depois de ter sido o epicentro de um novo coronavírus (2019-nCoV), descoberto em dezembro passado que já fez até agora mais de 400 mortos e infetou outros 20.400.

Como a cidade de Wuhan está encerrada desde 23 de janeiro - o que ocorreu ao mesmo tempo que centenas de milhares de pessoas saiam de suas casas por toda a China para passar as festividades de Ano Novo lunar, que se celebra a 25 de janeiro - isso significa que, segundo números estimados por Lao Mao, para trás tivessem ficado quase 50 mil animais sozinhos em casa.

Se Lao Mao normalmente não costuma invadir habitações, a sua missão nos dias que correm é tentar alimentar animais abandonados. O habitante local revelou ter andando a subir canos enferrujados até à varanda de um apartamento do terceiro andar para conseguir entrar na casa de um casal de meia idade e dar comida a dois gatos esfomeados que se encontravam retidos na casa há 10 dias, conta o New York Post.

O homem encontrou os animais debaixo de um sofá, quase sem vida, alimentou-os e ligou aos donos por videochamada, que, ao verem os seus animais de estimação, choraram compulsivamente. Os donos tinham ido fazer uma viagem de três dias ao norte da China mas acabaram por ficar retidos sem conseguir regressar quando puseram a cidade de quarentena. Conheceram Lao Mao, ou 'Velho Gato', depois de vários amigos terem recorrido à sua ajuda.

"Os voluntários da nossa equipa, eu incluído, já salvaram mais mil animais de estimação desde 25 de janeiro", disse Lao Mao, recusando revelar o seu nome verdadeiro por não querer preocupar a família. "O meu telefone nunca pára de tocar. Quase não tenho dormido", acrescentou.

Sem a intervenção de voluntários como Lao Mao os animais vão morrer à fome e muitos donos, em quarentena por estarem infetados ou retidos noutras províncias ou países, têm recorrido à ajuda de amantes de animais como Lao Mao nas redes sociais.

Além disso, o número de animais abandonados cresceu nas passadas semanas, depois de em alguns locais da China terem começado a circular rumores de que ajudavam a espalhar o vírus mais rapidamente.

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