Manifestações no Sul do Iraque contra nomeação de novo primeiro-ministro
Manifestantes de várias cidades do Sul do Iraque rejeitaram hoje o primeiro-ministro nomeado na véspera, apesar das promessas de resposta às exigências do movimento de contestação que agita o país há quatro meses.
© Reuters
Mundo Iraque
Mohammed Allawi anunciou no sábado ter sido nomeado pelo Presidente, Barham Saleh, para formar Governo, dois meses após a demissão do seu antecessor, Adel Abdel Mahdi, sob pressão da rua.
Depois de dezembro, Abdel Mahdi continuou a gerir os assuntos correntes e os manifestantes antigovernamentais exigiram que o seu sucessor fosse independente do meio político, que acusam de corrupção e de incompetência.
Se os partidários do influente líder xiita Moqtada Sadr manifestaram no sábado em Bagdad o seu apoio ao primeiro-ministro designado, hoje nas cidades do sul xiita, os opositores exprimiram a rejeição a Allawi, ex-ministro das Telecomunicações, noticia a AFP.
"Mohammed Allawi está rejeitado por ordem do povo", proclama uma placa recentemente pendurada numa cidade sagrada de Najaf, a cerca de 180 quilómetros a sul de Bagdad.
Na noite de sábado para hoje, homens jovens com a cara tapada atearam fogo a pneus para bloquear as ruas", constatou um repórter da France-Presse.
Hoje de manhã, segundo a mesma fonte, as autoestradas que conduzem a Najaf e as grandes artérias da cidade continuavam bloqueadas por pneus em chamas.
Em kout, centenas de pessoas desceram as ruas gritando: "Já foi tentado antes e não deve ser acontecer outra vez".
Em Diwaniya, os manifestantes reuniram-se do lado de fora dos edifícios do governo para exigir o seu encerramento e os estudantes realizaram ´sit-ins´ (protestos sentados) nas escolas e nas universidades.
Em al-Hilla, os opositores bloquearam os principais acessos à cidade e gritaram "Allawi não é o chefe do povo".
No sábado, as forças políticas no parlamento chegaram a um consenso para a escolha de Allawi, após semanas de crise.
Segundo a Constituição, o novo primeiro-ministro tem um mês para formar governo, que deverá ser aprovado por um voto de confiança no parlamento.
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