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Coronavírus. Trabalhadores dos hospitais de Hong Kong ameaçam fazer greve

Mais de três mil trabalhadores dos hospitais públicos de Hong Kong votaram hoje a favor da realização de uma greve caso a fronteira com a China não seja encerrada, devido à epidemia do novo coronavírus.

Coronavírus. Trabalhadores dos hospitais de Hong Kong ameaçam fazer greve
Notícias ao Minuto

17:52 - 01/02/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

Em Hong Kong estão confirmados 14 casos de contaminação por coronavírus e 112 pessoas foram colocadas em quarentena.

No início da semana, a chefe do executivo local, Carrie Lam, anunciou o corte de todas as ligações ferroviárias com a China continental a partir de sexta-feira, devido ao aumento dos receios de propagação do novo vírus.

O número de voos para a China também foi reduzido, mas as fronteiras não estão totalmente fechadas. Oito dos 14 pontos de passagem para a China permanecem abertos.

Hoje, mais de 3.000 trabalhadores dos hospitais públicos de Hong Kong, entre os quais médicos e enfermeiros, aprovaram a realização de uma greve caso o Governo local não aceda à reivindicação de encerrar a fronteira com a China.

A menos que sejam tomadas medidas na fonte da contaminação, "os meios para prevenir a epidemia e os recursos humanos não serão suficientes", disse Winnie Yu, presidente da Aliança dos Funcionários da Administração Hospitalar, citada pela France Press.

"Não queremos ir para a greve, mas o Governo ignorou os pedidos do pessoal médico que está na primeira linha, não temos alternativa", acrescentou a responsável.

Representantes daquele sindicato devem reunir-se com a Administração Hospitalar da Cidade de Hong Kong no domingo.

Segundo o sindicato, 9.000 trabalhadores apoiam a greve.

Caso não seja alcançado um acordo, 30% desses trabalhadores, que não realizam tarefas essenciais, iniciam a paralisação já na segunda-feira. Os restantes farão posteriormente uma greve de quatro dias.

A China elevou hoje para 259 mortos e quase 12 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

Além do território continental da China e das regiões semiautónomas chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 20 outros países - Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.

Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido.

A quarentena foi, entretanto, alargada a mais quinze cidades, próximas de Wuhan, afetando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas.

Nos últimos dias, diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China. Rússia, Coreia do Norte e Vietname encerraram as fronteiras com o país, enquanto alguns países pararam de emitir vistos para cidadãos chineses.

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