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Índia flexibiliza regras para interrupção voluntária da gravidez

O Governo indiano aprovou hoje uma flexibilização das regras para interrupção voluntária da gravidez, permitindo que estas sejam feitas até às 24 semanas.

Índia flexibiliza regras para interrupção voluntária da gravidez
Notícias ao Minuto

14:31 - 29/01/20 por Lusa

Mundo Aborto

A lei indiana atual não permite abortos após um período de 20 semanas, exceto em caso de perigo para a vida da mãe.

O gabinete do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, validou esta medida qualificada como uma "reforma progressiva" do Governo, que agora deve ser transformada em lei após votação no parlamento.

"Isso é importante porque há casos em que a jovem em questão não percebe que está grávida durante os primeiros cinco meses e deve ir à justiça", disse o ministro da Informação, Prakash Javadekar durante uma conferência de imprensa.

"Isso reduzirá a mortalidade materna", acrescentou o ministro.

Nos últimos anos, jovens indianas vítimas de violação e tráfico de pessoas foram a tribunal para obter o direito de abortar depois de descobrirem que estavam grávidas somente após o prazo legal de 20 semanas.

Em 2017, uma criança de 10 anos que foi violada deu à luz após o Supremo Tribunal indiano negar o seu pedido de aborto tardio.

Hoje, os médicos saudaram a decisão do Governo nacionalista hindu.

"Muitas anomalias no feto, incluindo insuficiências cardíacas, não são claramente detetadas até às 20 semanas", disse à agência de notícias francesa AFP a ginecologista Madhu Goel.

"Agora, as mulheres terão a opção de terminar a gravidez se houver a possibilidade de o bebé não sobreviver", disse a médica. 

Cerca de 6,4 milhões de abortos são realizados a cada ano na Índia, mais de metade deles em condições consideradas perigosas, revelou um estudo com dados até 2017 da Ipas Development Foundation.

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