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Governo israelita adia anexação de partes da Cisjordânia

O ministro do Turismo israelita disse hoje que a votação do Conselho de Ministros para endossar a anexação de partes da Cisjordânia não ocorrerá no início da próxima semana, apesar do compromisso assumido pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Governo israelita adia anexação de partes da Cisjordânia
Notícias ao Minuto

11:03 - 29/01/20 por Lusa

Mundo Israel

O ministro do Turismo, Yariv Levin, disse à Rádio Israel que uma votação do Conselho de Ministros no domingo sobre a anexação partes da Cisjordânia não era tecnicamente viável devido a vários preparativos, nomeadamente "levar a proposta ao Procurador-Geral e deixá-lo considerar sobre o assunto".

Levin, membro destacado do partido Likud de Netanyahu, disse que o Estado palestiniano previsto pelo plano de paz de Trump é "aproximadamente o mesmo da Autoridade Palestiniana que existe hoje, com autoridade para gerir assuntos civis", mas sem "poderes substantivos", como controlo de fronteira ou militar.

Benjamin Netanyahu anunciou na terça-feira que iria pedir ao Conselho de Ministros que avançasse na votação para a extensão da soberania israelita sobre a maioria dos colonatos judaicos e ainda do Vale do Jordão, uma medida que provavelmente provocaria indignação internacional e complicaria os esforços da Casa Branca para garantir apoios ao seu plano de paz.

Os nacionalistas israelitas de linha dura pediram a anexação imediata dos colonatos da Cisjordânia, antes das eleições legislativas, marcadas para 02 de março e as terceiras no espaço de 11 meses.

Os nacionalistas israelitas abraçaram ansiosamente a parte do plano de paz do Presidente norte-americano, Donald Trump, que permitiria a Israel anexar território, mas rejeitaram o seu pedido de um Estado palestiniano em partes da Cisjordânia ocupada.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou na terça-feira a sua "visão" para um plano de paz no Médio Oriente, falando de "solução realista de dois Estados" e anunciando Jerusalém como "a capital indivisível de Israel".

Numa cerimónia na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump apresentou o plano de paz para o Médio Oriente, explicando que a aceitação do nascimento de um Estado palestiniano deve ficar condicionado a "uma clara rejeição do terrorismo".

O plano de paz propõe um Estado palestiniano "desmilitarizado", que "viva em paz ao lado de Israel", apesar das críticas que têm sido feitas por líderes palestinianos ao programa apresentado na Casa Branca, acusando-o de ser demasiado benevolente para com os interesses israelitas.

Aliás, na apresentação do plano de paz, Trump reconheceu que tem feito muito por Israel, admitindo que a sua "visão" aumenta substancialmente o território israelita, reconhecendo a soberania de Israel sobre os principais postos da Cisjordânia -- um aspeto que dificilmente será aceite pelas autoridades palestinianas.

O plano exige um congelamento de construção de novos colonatos israelitas, durante quatro anos, para permitir à Palestina consolidar o seu Estado, enquanto decorrem negociações para estabilizar a situação.

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Habbas, considerou o plano de paz para o Médio Oriente de Donald Trump como "absurdo" e o movimento Hezbollah considerou-o uma "tentativa de eliminar os direitos do povo palestiniano".

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