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Plano de paz para Médio Oriente permite "relançar esforços" de negociação

A União Europeia (UE) considera que o plano de paz para o Médio Oriente apresentado hoje pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, permite "relançar esforços urgentemente necessários" para a negociação entre israelitas e palestinianos, afirmou o chefe da diplomacia europeia.

Plano de paz para Médio Oriente permite "relançar esforços" de negociação
Notícias ao Minuto

21:03 - 28/01/20 por Lusa

Mundo União Europeia

"A iniciativa apresentada hoje pelos Estados Unidos fornece uma ocasião para relançar os esforços urgentemente necessários para uma solução negociada e viável para o conflito israelo-palestiniano", afirmou, com comunicado representando a posição dos 28 estados-membros, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell.

O chefe da diplomacia europeia referiu que a União Europeia vai "estudar e avaliar" as propostas explanadas no plano de paz de Trump para o Médio Oriente, que essa avaliação será feita "com base na posição estabelecida pela UE" em relação a este conflito e com o compromisso de encontrar uma solução que tenha em conta "as aspirações legítimas" dos palestinianos e israelitas.

Contudo, Josep Borrell esclareceu que a solução de paz para o conflito israelo-palestiniano deverá respeitar "todas as resoluções relevantes" das Nações Unidas e os "parâmetros acordados internacionalmente".

"A UE reafirma a sua disponibilidade para trabalhar no sentido de retomar negociações significativas que resolva todos os problemas permanentes dos estados e que alcance uma paz justa e duradoura", sublinhou o Alto Representante da UE para a Política Externa.

Israelitas e palestinianos deverão demonstrar, "através de políticas e ações", um "compromisso genuíno" para a solução de dois estados como a "única forma realista de acabar com o conflito".

O Presidente dos Estados Unidos apresentou hoje a "visão" que tem de um plano de paz no Médio Oriente, referindo que se trata de uma "solução realista de dois estados" e anunciou Jerusalém como a "capital indivisível" de Israel.

Durante uma cerimónia na Casa Branca, em Washington, ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump apresentou o plano de paz para o Médio Oriente, explicando que a aceitação do nascimento de um estado palestiniano deve estar condicionada a uma "clara rejeição do terrorismo".

O Presidente dos EUA acrescentou que este plano vai agradar a todas as partes, ignorando a rejeição desta ideia pelas autoridades palestinianas, por considerarem que é demasiado próxima dos interesses de Israel.

Donald Trump anunciou também que o plano admite uma capital da Palestina em Jerusalém oriental, mas a cidade será uma "capital indivisível", lembrando que os Estados Unidos já tinham aplicado essa condição quando anunciaram a transferência da embaixada norte-americana em Israel para esta cidade.

O chefe do Governo Israel, Benjamin Netanyahu, congratulou-se com o plano de Washington, considerando que reconhece a soberania israelita sobre o Vale do Jordão e partes da Judeia e Samaria (Cisjordânia).

O Hamas reagiu, entretanto, ao plano de paz proposto por Trump, rejeitando as "conspirações" anunciadas pelos Estados Unidos e Israel e que "todas as opções estão em aberto" para uma resposta.

O responsável Khalil al-Hayya falava pouco depois do presidente norte-americano ter anunciado o plano de paz para o conflito israelo-palestiniano que favorece Israel.

"Temos a certeza que o povo palestiniano não deixará estas conspirações passarem. Por isso, todas as opções estão em aberto. A ocupação (israelita) e a administração dos EUA assumirão a responsabilidade pelo que fizeram", afirmou Al-Hayya citado pela agência norte-americana Associated Press.

Moscovo considerou que israelitas e palestinianos devem negociar diretamente.

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