Trump confia que palestinianos apoiarão plano de paz para o Médio Oriente
O Presidente dos EUA, Donald Trump, demonstrou hoje confiança no sucesso do seu plano de paz para o Médio Oriente e disse que espera que os lideres palestinianos ainda venham a apoiá-lo, apesar de o terem reiteradamente rejeitado.
© Reuters
Mundo EUA
Donald Trump apresentará terça-feira o seu plano de paz para o Médio Oriente, cuja configuração entregou ao seu genro e assessor Jared Kushner, mas os líderes palestinianos já o rejeitaram, considerando que ele é demasiado favorável a Israel, e pediram à comunidade internacional para o boicotar.
Contudo, ao receber hoje na Casa Branca o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump manifestou confiança em que o seu plano vingue e seja adotado por todas as partes.
"Vamos conversar sobre a paz no Médio Oriente, disse Trump, que tem marcadas para terça-feira novas reuniões como Netanyahu, mas também com o líder da oposição israelita, Benny Gantz, antes de apresentar o plano gizado por Kushner.
"Penso que ele tem hipóteses de promover a paz. (...) É um bom acordo", explicou o Presidente norte-americano, acrescentando que espera obter ainda o apoio dos palestinianos, apesar de estes terem ficado de fora dos encontros desta semana em Washington.
Contudo, Trump não explicou como tenciona voltar a negociar com os líderes palestinianos, após conhecer a sua rejeição para o plano de paz e ter ouvido declarações em que negam aos Estados Unidos credibilidade para servir de mediadores num conflito que dura há várias décadas.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Shtayeh, disse que "não se trata de um plano de paz para o Médio Oriente, mas um plano para proteger os seus promotores", referindo-se ao objetivo de encobrimento do processo de 'impeachment' de Trump, que decorre no Senado, e de favorecer o primeiro-ministro israelita, alvo de processos judiciais no seu país por corrupção.
Por isso, o líder palestiniano considera que a estratégia norte-americana está condenada ao fracasso e pediu à comunidade internacional para o boicotar.
Os palestinianos referem que o plano inclui o reconhecimento de Jerusalém como única capital de Israel, a anexação de colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada e no vale de Jordão, tornando-o inaceitável para a Palestina.
O Presidente da Palestina, Mohamoud Abbas, disse mesmo que o plano norte-americano é demasiado favorável para Israel e que impede o regresso à mesa de negociações, a menos que seja retirado e que os EUA reconheçam a solução de dois estados.
Também Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, disse domingo que se reserva o direito de se retirar dos acordos de Oslo, que enquadram as relações com Israel, se Trump insistir no plano que hoje irá apresentar.
Enquanto isso, o Governo israelita aplaude a intenção dos EUA e o ministro do Interior, Arié Dery, adiantou que está já a preparar a anexação dos colonatos na Cisjordânia, depositando confiança no plano de paz de Trump para estabilizar a situação naqueles territórios.
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