Londres agiliza recrutamento de cientistas e matemáticos após saída da UE
O governo britânico anunciou hoje a criação de um visto rápido destinado a agilizar o recrutamento de cientistas, investigadores e matemáticos estrangeiros para o Reino Unido após o 'Brexit'.
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Mundo Brexit
Batizado de 'Talento Global', o visto vai entrar em funcionamento a 20 de fevereiro, substitui um esquema intitulado Tier 1 (Talento Excecional) que impunha um limite de 2.000 profissionais extracomunitários desta categoria que poderiam entrar no país.
O anúncio é feito poucos dias depois de ser formalizada a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), na sexta-feira, após a qual começa um período de transição de 11 meses que mantém a liberdade de circulação para europeus.
A partir de 2021 está previsto entrar em prática um novo sistema de imigração que terá outros critérios para a imigração, cujos detalhes ainda não são conhecidos, e que vão aplicar-se de forma igual para europeus e restantes nacionalidades.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que este novo visto pretende "enviar uma mensagem de que o Reino Unido está aberto às mentes mais talentosas do mundo e que está pronto para apoiá-los a tornar as suas ideias realidade".
O governo anunciou outras medidas para impulsionar a investigação científica no país, incluindo a disponibilização de 300 milhões de libras (356 milhões de euros) nos próximos cinco anos para trabalhos "experimentais e imaginativos" na área das matemáticas e a redução da burocracia.
A iniciativa é revelada na véspera da publicação de um relatório da Comissão de Aconselhamento sobre a Migração sobre o futuro sistema pós-'Brexit', que o governo descreveu como um "sistema de pontos estilo australiano".
O sistema de pontos, que também é usado no Canadá ou Nova Zelândia, é usado para selecionar imigrantes por razões de trabalho, usando como critérios as qualificações de escolares, experiência profissional e conhecimento da língua nacional.
O governo britânico quer implementar este meio para controlar o fluxo migratório, que até agora só podia fazer relativamente aos profissionais extracomunitários, já que estava obrigado a respeitar a liberdade de circulação enquanto membro da UE.
Na Austrália, a avaliação dos candidatos é feita pelo governo, e não pelos empregadores, como acontece atualmente no Reino Unido, aplicando mais critérios, como a idade e qualificações, e não apenas com base na descrição do emprego que vão ocupar.
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