Três mortos em manifestação contra Presidente da Gâmbia
Três pessoas foram hoje mortas em Banjul durante um protesto que exigia a demissão do Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, e que degenerou em confrontos com a polícia, que também efetuou detenções, incluindo de um líder da oposição.
© Reuters
Mundo Gâmbia
"Posso confirmar que existem três mortos", declarou aos jornalistas Kebba Manneh, diretor do hospital geral de Serrekunda, sem precisar a identidade e os motivos das mortes.
Segundo a Cruz Vermelha, 28 pessoas foram transportadas para este hospital, nas proximidades do local da manifestação, que reuniu centenas de pessoas ao início da tarde.
O diretor do hospital indicou que vários feridos receberam tratamento devido aos gases que inalaram. A polícia recorreu a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, que responderam com o arremesso de pedras em direção às forças policiais, indicou um correspondente local da agência noticiosa AFP.
Os confrontos ocorreram quando os manifestantes, que se reuniram em Old Jeshwang e Stink Corner, a cerca de nove quilómetros de Banjul, tentaram desviar-se do seu itinerário para se aproximarem do centro da capital da Gâmbia.
Em resposta à convocação do movimento "Three Years Jotna" ("Três anos é tempo", numa mistura de inglês e de wolof), várias centenas de manifestantes reclamaram a saída de Adama Barrow do poder após três anos, como o chefe de Estado se comprometeu em 2016, quando foi o candidato único da oposição.
O presidente da "Three Years Jotna", Abdu Njie, foi detido durante a manifestação, indicou a AFP.
O diretor da rádio local King FM, Gibril S. Jallow, e um dos seus animadores, Ebrima Jallow, "estão detidos no posto de polícia de Bundung" e "indiciados de incitação à violência", disse à agência noticiosa.
O secretário-geral do Sindicato dos jornalistas da Gâmbia, Saikou Jammeh, também denunciou a prisão do jornalista Pa Modou Bojang, diretor de Home Digital FM, e referiu não saber "onde se encontra detido neste momento".
Em dezembro, outros milhares de manifestantes já tinham reivindicado a demissão do chefe de Estado num protesto que decorreu sem incidentes.
Há duas semanas, milhares de gambianos manifestaram-se a favor da sua manutenção do poder por cinco anos, a duração do mandato que está inscrita na Constituição.
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