Shoah não pode ser utilizada para justificar "divisão" ou "ódio"
A Shoah não pode ser utilizada para justificar a "divisão" ou "o ódio atual", declarou hoje o presidente francês, Emmanuel Macron, nas comemorações em Jerusalém do 75.º aniversário da libertação do campo nazi de Auschwitz.
© Reuters
Mundo Macron
"Ninguém tem o direito de convocar os seus mortos para justificar qualquer divisão ou ódio atual", disse Macron, adiantando: "Porque todos os que morreram nos obrigam à verdade, à memória, ao diálogo, à amizade".
O discurso do presidente francês no Fórum Mundial do Holocausto ocorreu depois dos do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, e do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. O primeiro apelou à comunidade internacional para se "manter firme" face ao Irão e o segundo para agir contra os "tiranos de Teerão" para evitar uma "outra Shoah".
Diante das centenas de convidados, incluindo cerca de 40 dirigentes estrangeiros, Macron interrogou-se: "Que melhor símbolo pode haver do que nos ver aqui todos unidos, num trabalho útil de luta contra a negação, o ressentimento ou os discursos de vingança".
Os Estados Unidos e Israel, aliados, têm o Irão como inimigo e a questão iraniana esteve na agenda do encontro entre Macron e Netanyahu que exorta Paris a impor sanções a Teerão como faz Washington.
Na quarta-feira, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo israelita, Reuven Rivlin, Emmanuel Macron tinha considerado que "o antissionismo, enquanto negação da existência de Israel como Estado, é antissemitismo", embora adiantasse que tal não significa que seja "impossível discordar ou criticar esta ou aquela ação do governo de Israel".
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