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Erupção do Vesúvio transformou cérebro de uma vítima em vidro

Cientistas dizem que esta é a primeira vez que se encontra um cérebro vitrificado, uma descoberta notável entre as vítimas da erupção do Vesúvio, uma vez que o tecido cerebral decompõe-se.

Erupção do Vesúvio transformou cérebro de uma vítima em vidro
Notícias ao Minuto

14:56 - 23/01/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Ciência

Foram descobertos pedaços de vidro dentro da caveira de uma vítima da erupção do Monte Vesúvio, que aconteceu em 79 d.C.. 

O homem, que morreu em em Herculano, uma cidade vizinha da italiana Pompeia, tinha pedaços de um material preto e brilhante dentro da cavidade cerebral. Os cientistas acreditam que esse material é tecido cerebral que foi transformado em vidro, em consequências das altas temperaturas.

Pertencem  a um homem com cerca de 25 anos que foi encontrado de barriga para baixo numa cama, enterrado em cinza, nos anos 60. A cama estava num pequeno quarto e acredita-se que seja o caseiro de um edifício relacionado com o culto do imperador Augusto.

O homem terá morrido de forma instântanea, vítima das altas temperaturas, que poderia ser superiores a 500 graus dentro do quarto, e da toxicidade dos gases e cinzas expelidas pelo vulcão.

Notícias ao MinutoFotografia de um dos pedaços de material vitrificado© Reprodução Pier Paolo Petrono

As temperaturas eram tão extremas que o crânio e outros ossos do homem explodiram e ficaram esturricados, alguns deles exibindo sinais de vitrificação. A equipa de cientistas encontrou também uma massa sólida e de aspeto esponjoso em redor da cavidade torácica, que terá sido formada pelos pulmões e outros órgãos.

A descoberta, publicada esta quinta-feira no New England Journal of Medicine, é notável, uma vez que o tecido cerebral decompõe-se (é raramente encontrado) e não havia, até agora, registo de uma amostra vitrificada.

"Até à data, nunca foram encontrados restos de cérebro vitrificados", indicou ao Guardian Pier Paolo Petrono, antropólogo forense da Universidade de Nápoles Federico II e autor do estudo.

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