Pelo menos 19 mortos em ataque na fronteira entre Sudão e Sudão do Sul
Pelo menos 19 pessoas morreram hoje num ataque a uma aldeia na região de Abyei, uma zona rica em petróleo que é disputada entre o Sudão e o Sudão do Sul, anunciaram as Nações Unidas.
© Reuters
Mundo ONU
De acordo com uma declaração da Força de Segurança Interina das Nações Unidas em Abyei (Unisfa), 19 pessoas morreram e 25 ficaram feridas.
A força da ONU registou ainda o desaparecimento de três crianças e a destruição de 19 casas da comunidade Ngok Dinka.
O principal líder da região, Kuol Alor Kuol, citado pela agência France-Presse, contabilizou 32 mortos e refere que o ataque terá sido realizado por membros de grupos armados e por pastores sudaneses 'misserya', que protagonizam tensões com os Ngok Dinka.
Os feridos foram levados para uma instalação dos Médicos Sem Fronteiras na cidade vizinha de Agok.
A Unisfa foi criada em 2011 pelo Conselho de Segurança da ONU, que destacou uma força de manutenção de paz para a região de Abyei depois dos combates terem provocado a fuga de 100.000 pessoas.
Esta força é atualmente composta por 4.500 militares etíopes.
Em 2018, o Conselho de Segurança advertiu que a situação na região - e ao longo de toda a fronteira entre os dois países - representa "uma séria ameaça à paz internacional", tendo apelado aos dois países para que progredissem na delimitação da fronteira.
O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do norte árabe e muçulmano em 2011, mas a partir do final de 2013 o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.
Em cinco anos de conflito, estima-se que este tenha provocado a morte de 400 mil pessoas e levado a que quatro milhões ficassem deslocadas.
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