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Oposição apela a manifestação para recordar fim da ditadura

A oposição convocou hoje os venezuelanos para comemorarem quinta-feira, nas ruas de Caracas, o 62º aniversário da queda da ditadura de Marco Pérez Jiménez, e o regresso da democracia à Venezuela.

Oposição apela a manifestação para recordar fim da ditadura
Notícias ao Minuto

20:15 - 22/01/20 por Lusa

Mundo Venezuela

Marcos Pérez Jiménez foi um político e militar venezuelano que exerceu o cargo de Presidente entre 1952 e 1958.

A convocatória foi feita pelo deputado Juan Pablo Guanipa, primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional (liderada pelo opositor Juan Guaidó) e incluirá um ato comemorativo em El Paraíso, na zona oeste de Caracas.

"O regime (atual) nada tem a ver com a democracia. Chegou ao poder pela via democrática para destruir a democracia e temos a responsabilidade de lutar todos os dias para recuperar a democracia. Por isso, pedimos que amanhã [quinta-feira] nos acompanhem", disse.

O ato assinalará ainda o primeiro aniversário de 23 de janeiro de 2019, dia em que o líder opositor e presidente do parlamento, Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino do país até afastar o Presidente Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e realizar eleições livres no país.

Juan Pablo Guanipa, que intervinha numa conferência de imprensa em Caracas, explicou que os deputados da oposição preparam "100 atividades em todo o país".

"Pelas 10:00 todo o país terá atividades, há que assumir o pacto de governabilidade", frisou.

O dirigente da oposição condenou também a detenção, na terça-feira, do deputado Ismael León, por agentes das Forças de Ações Especiais, depois de sair da sede do partido Ação Democrática, em Caracas.

Segundo a imprensa local, o deputado é acusado de estar envolvido num ataque a um quartel militar, ocorrido em finais de dezembro no Estado venezuelano de Bolívar (sudeste do país) e realizado por cinco militares venezuelanos que depois fugiram para o Brasil onde pediram o estatuto de refugiados.

"Temos que fazer um reconhecimento (dos méritos) de cada um dos presos políticos, porque estão detidos pela única razão de lutar pela democracia", disse.

Juan Pablo Guanipa frisou ainda que apesar de que as forças de segurança e simpatizantes do regime terem impedido, no passado dia 05 de janeiro a oposição de aceder ao parlamento para legislar, a oposição avançou com um "plano b".

"Queremos dizer ao país que a Assembleia Nacional está a funcionar e que vamos continuar a atuar, cumprindo as nossas responsabilidades, mas o mais importante é devolver a soberania ao povo", salientou.

O deputado referiu-se ainda à prolongada rusga que agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços de inteligência) realizaram terça-feira nos escritórios do líder opositor e presidente do parlamento, Juan Guaidó.

"Usam a arbitrariedade e efetuam uma rusga que condenamos e vão dizer que encontraram isto ou aquilo e buscarão novos culpados, mas estamos preparados para isso, para a perseguição e para nos esforçarmos em conseguir a liberdade", vincou.

Por outro lado, anunciou que a oposição tentará de novo aceder ao parlamento, a 28 de janeiro, no âmbito de uma manifestação que será convocada nos próximos dias.

Em 23 de janeiro de 2019, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, jurou assumir as funções de Presidente interino do país, até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres na Venezuela.

No passado dia 05, vários deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) e das forças políticas que apoiam Nicolás Maduro impediram Juan Guaidó e uma centena de deputados opositores de entrarem no palácio Federal Legislativo.

Com o bloqueio, os deputados do chavismo tentaram impedir a realização das eleições em que Juan Guaidó seria reeleito presidente do parlamento e realizaram uma votação que a oposição alega ser fraudulenta e ter sido efetuada sem quórum na qual Luís Eduardo Parra Rivero foi "eleito" para substituir o líder opositor.

Durante o bloqueio, a maioria parlamentar opositora reelegeu Juan Guaidó como presidente do parlamento até finais de 2020.

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