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Trump: Democratas prometem apresentar factos "em grande pormenor"

Os Democratas iniciaram hoje as alegações iniciais no julgamento político para destituição de Donald Trump, prometendo apresentar "em grande pormenor" os factos que consideram justificar a remoção do Presidente do seu cargo.

Trump: Democratas prometem apresentar factos "em grande pormenor"
Notícias ao Minuto

19:09 - 22/01/20 por Lusa

Mundo Trump

"Começamos hoje o nosso julgamento com uma cronologia factual", afirmou Adam Schiff, o representante Democrata que é o principal responsável da equipa de sete promotores que acusam Donald Trump, no julgamento político do Presidente norte-americano.

Os Democratas prometem uma descrição "em grande pormenor" de todos os factos que estão por detrás dos dois artigos para destituição, que foram aprovados na Câmara de Representantes, em 18 de dezembro, acusando o Presidente de abuso de poder e obstrução ao Congresso, que estão a ser julgados no Senado.

Se um dos dois artigos for aprovado por 2/3 dos 100 senadores, Donald Trump será removido do cargo de Presidente, mas o cenário é politicamente improvável, já que os Republicanos têm uma maioria no Senado (53-47) e mostram que estão unidos no objetivo de derrotar os argumentos dos Democratas.

Hoje, Adam Schiff começou as alegações iniciais apresentando o pano de fundo do julgamento político, explicando que Donald Trump, desde que tomou posse como Presidente, em 2017, tem dado sinais de que se julga acima da lei e que o caso que agora está a ser analisado decorre dessa postura.

No processo de 'impeachment', Donald Trump é acusado de ter tentado pressionar o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, para que investigasse a atividade da família de Joe Biden, rival político do líder norte-americano, junto de uma empresa ucraniana envolvida num caso de corrupção.

Trump responde que se trata de uma "caça às bruxas", destinada a fragilizar a sua recandidatura a um novo mandato presidencial, nas eleições de novembro próximo, repetindo que não fez nada de mal e que não cometeu nenhum crime.

No início das alegações, Adam Schiff procurou explicar que os atos políticos de Trump no caso ucraniano constitui uma quebra da confiança pública, que se enquadra no conceito jurídico de "alto crime e delito", que a Constituição refere ser passível de 'impeachment'.

O representante democrata citou vários académicos que não hesitam em classificar a tentativa de pressão junto do Presidente ucraniano como uma falha grave de abuso de poder.

Adam Schiff também justificou a acusação de obstrução ao Congresso, referindo exemplos de como o Presidente tentou obstaculizar o acesso a documentos e a testemunhas, dificultando a tarefa dos comités da Câmara de Representantes para apurar a verdade no caso ucraniano.

Na terça-feira, os Democratas usaram idêntica argumentação para justificar emendas à regras do julgamento político, definidas pela maioria Republicana no Senado, alegando que os comités da Câmara de Representantes não conseguiram apurar todos os elementos do processo, por ação impeditiva do Presidente.

Contudo, a maioria Republicana recusou todas as emendas e só aceita votar a convocação de novas testemunhas ou intimação de documentos, após as alegações iniciais e a etapa de colocação de perguntas por ambas as partes.

O julgamento político de Donald Trump encontra-se na fase de alegações iniciais, em que a acusação e a defesa têm 24 horas para, durante três dias, cada parte, apresentar os argumentos.

Trump disse hoje, à margem do Fórum Económico Mundial, na cidade suíça de Davos, que não se importa de que novas testemunhas sejam convocadas para o processo de 'impeachment' no Senado e mostrou-se satisfeito com o trabalho da equipa jurídica que o defende tem apresentado.

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