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Di Maio deixa liderança do 5 Estrelas e pede refundação do partido

O líder do Movimento 5 Estrelas, Luigi di Maio, demitiu-se hoje da liderança e apelou a uma refundação do partido, que atravessa uma crise interna e uma série de maus resultados em eleições regionais.

Di Maio deixa liderança do 5 Estrelas e pede refundação do partido
Notícias ao Minuto

17:57 - 22/01/20 por Lusa

Mundo Itália

Di Maio, 33 anos, líder do movimento antissistema há pouco mais de dois anos, separou contudo os destinos do partido dos do país, afirmando que o governo de coligação entre o M5S e os socialistas, no qual é ministro dos Negócios Estrangeiros, "deve continuar".

"Está na altura de esta esplêndida criatura chamada M5S se refundar. Hoje chega ao fim uma era [...] Cumpri o meu dever", disse a um grupo de apoiantes no Templo de Adriano, em Roma, visivelmente emocionado.

"Trabalhei para fazer o Movimento crescer e para o proteger [...], por vezes fazendo escolhas difíceis e incompreensíveis. [...] Temos muitos inimigos, [...] mas nunca nenhuma força política foi derrotada de fora. Os piores inimigos são aqueles que trabalham internamente não para o grupo mas para si", acusou Di Maio, citado pela agência Ansa.

Luigi di Maio, 33 anos, foi eleito líder em setembro de 2017 com 82% dos votos dos militantes.

O nome do senador Vito Crimi, vice-ministro do Interior, é apontado como o mais provável sucessor de Di Maio na liderança, até à próxima assembleia-geral do M5S, prevista para março.

O M5S atravessa atualmente uma crise interna, que levou à saída e/ou expulsão do partido de 31 deputados desde o início da legislatura, em março de 2018.

O partido tem registado também uma significativa queda nas sondagens, contando atualmente com cerca de 15% de intenções de voto, contra 33% de votos obtidos nas últimas legislativas (2018).

Fundado em 2009 pelo humorista Beppe Grillo, o M5S perdeu muita popularidade na sequência do acordo de governo que fez com a Liga (extrema-direita) de Matteo Salvini, que levou ao afastamento da ala esquerda do partido.

Nos últimos meses, e depois da aliança governamental com os socialistas do Partido Democrático (PD), foi a ala direita do partido que se afastou.

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