Seis detenções no Egito nas vésperas do aniversário da revolta popular
Seis pessoas acusadas de planear operações destinada a "semear o caos" no sábado, no aniversário da revolta popular de 2011 foram detidas, anunciou hoje o Ministério do Interior egípcio.
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Mundo Egito
O Egito assinala no sábado o nono aniversário da revolta que derrubou o Presidente Hosni Mubarak, mas as autoridades não têm prevista qualquer celebração para essa data.
Em comunicado, o ministério acusa a liderança da Irmandade Muçulmana, "refugiada na Turquia", de preparar uma operação "destinada a comprometer a segurança e a estabilidade" do país e a "semear o caos" a 25 de janeiro, data do início da contestação popular de 2011.
Segundo o Ministério do Interior, a confraria emitiu nas redes sociais "apelos a manifestações" para o próximo sábado.
O ministério acrescenta que o grupo 'jihadista' Hasm, considerado pelas autoridades o braço armado da Irmandade Muçulmana, foi encarregue de "fomentar uma série de atentados terroristas dirigidos a personalidades, instalações importantes e locais de culto".
A Irmandade Muçulmana, o principal movimento de oposição durante décadas, é considerada uma "organização terrorista" pelo novo poder no Cairo, na sequência do golpe de Estado de julho de 2013 liderado pelo general Abdel Fattah al-Sisi, atual chefe de Estado, e que afastou o Presidente eleito Mohamed Morsi.
De acordo com o comunicado, foi detido "um certo número" de pessoas, incluindo combatentes do Hasm. Um responsável do ministério precisou que foram presos "seis indivíduos", de imediato entregues ao "Alto ministério público responsável pela segurança do Estado".
Estas detenções ocorreram alguns dias após a prorrogação do estado de emergência, uma medida de exceção em vigor após os atentados contra igrejas coptas no norte do país em abril de 2017.
As manifestações do Egito estão, contudo, proibidas desde 2013 na sequência de uma lei adotada pelo novo poder.
Na sequência do golpe de julho de 2013, Abdel Fattah al-Sisi desencadeou uma repressão sistemática contra todos os setores da oposição, dos islamitas às formações laicas de esquerda e ativistas sociais. Milhares de pessoas permanecem detidas.
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