Di Maio vai abandonar a liderança do Movimento 5 Estrelas
O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) e atual ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi di Maio, vai anunciar hoje a sua demissão da liderança do partido, noticiou a imprensa italiana citando fontes partidárias.
© Reuters
Mundo Itália
O nome do senador Vito Crimi, vice-ministro do Interior, é apontado como o mais provável sucessor de Di Maio na liderança, até à próxima assembleia-geral do M5S, prevista para março.
Di Maio comunicou a decisão numa reunião, hoje de manhã, com os ministros e vice-ministros do M5S.
O dirigente não fez comentários à entrada nem à saída da reunião, mas escreveu no Facebook que às 17:00 (16:00 TMG e Lisboa) terá "coisas importantes para dizer" aos italianos.
Luigi di Maio, 33 anos, foi eleito líder do Movimento 5 Estrelas em setembro de 2017 com 82% dos votos dos militantes.
O M5S atravessa atualmente uma crise interna, que levou à saída e/ou expulsão do partido de 31 deputados desde o início da legislatura, em março de 2018.
O partido tem registado também uma significativa queda nas sondagens, contando atualmente com cerca de 15% de intenções de voto, contra 33% de votos obtidos nas últimas legislativas (2018).
Fundado em 2009 pelo humorista Beppe Grillo, o M5S perdeu muita popularidade na sequência do acordo de governo que fez com a Liga (extrema-direita) de Matteo Salvini, que levou ao afastamento da ala mais à esquerda do partido.
Nos últimos meses, e depois da aliança governamental com os socialistas do Partido Democrático (PD), foi a ala mais à direita do partido que se afastou.
No próximo domingo realiza-se uma eleição regional considerada decisiva, na Emília-Romanha (norte), tradicionalmente governada pela esquerda, mas onde as sondagens preveem uma vitória da extrema-direita.
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