Os momentos mais importantes do primeiro ano de Guaidó
O recém-eleito presidente da Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição é maioria), Juan Guaidó, autoproclamou-se, faz quinta-feira um ano, Presidente interino da Venezuela, perante uma concentração de milhares de pessoas, no leste de Caracas.
© Reuters
Mundo Venezuela
"Levantemos a mão, hoje 23 de janeiro (de 2019), na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação (da Presidência da República), um governo de transição e eleições livres", diz então.
O ato acentua a crise venezuelana, que desde então se caracteriza por um regime acossado, externamente, pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia e, internamente, pelo reforço da contestação popular, corporizada por Juan Guaidó.
Em 23 de janeiro de 2019, depois de fazer referência a vários artigos da Carta Magna venezuelana, Guaidó diz estar a dar esse passo porque o país é governado de forma ditatorial e apela aos venezuelanos que jurem o compromisso de "restabelecer a Constituição da Venezuela".
As declarações desencadearam uma série de pronunciamentos internacionais, entre eles dos EUA e do Grupo de Lima, que não reconhecem o novo mandado do Presidente Nicolás Maduro, questionando alegadas irregularidades nas eleições presidenciais antecipadas de maio de 2018.
A União Europeia (UE) une-se aos apelos de mais de 50 países para a realização de eleições livres e reconheceu o líder opositor, uma posição que Portugal acompanha.
Guaidó promete, sem sucesso, fazer entrar no país ajuda humanitária internacional, através das fronteiras terrestres com o Brasil e a Colômbia, que o Governo do presidente Nicolás Maduro não autoriza e ordena o seu encerramento.
Acusado pelo Governo venezuelano de estar vinculado a grupos paramilitares colombianos, Juan Guaidó vê a sua imunidade parlamentar levantada pela Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime) que o acusa de violar a Constituição ao declarar-se Presidente interino.
A 30 de abril de 2019 Guaidó aparece nas proximidades de uma base militar do leste de Caracas, acompanhado do fundador do seu partido, Leopoldo López (que estava em prisão domiciliária) e um grupo de militares e anuncia que a "Operação Liberdade" está na "etapa final" e que a saída de Nicolás Maduro do poder está para breve.
Milhares de pessoas concentram-se em Altamira, no leste de Caracas, mas falhado o apoio militar Leopoldo López refugia-se na embaixada do Chile, em Caracas.
Apesar, da crise política, económica e social se agravar, fazendo aumentar o número de venezuelanos que fogem do país à procura de melhores condições de vida, fracassam várias tentativas de diálogo entre o Governo venezuelano e a oposição, um processo em que o Governo norueguês assume a mediação.
Escândalos de corrupção levam Guaidó a afastar-se de vários parlamentares da oposição mas ao mesmo tempo a sua popularidade atravessa um período de altos e baixos.
Parte da população questiona o tempo que passou sem que Juan Guaidó cumpra os três objetivos prometidos: afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e realizar eleições livres no país.
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