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Os momentos mais importantes do primeiro ano de Guaidó

O recém-eleito presidente da Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição é maioria), Juan Guaidó, autoproclamou-se, faz quinta-feira um ano, Presidente interino da Venezuela, perante uma concentração de milhares de pessoas, no leste de Caracas.

Os momentos mais importantes do primeiro ano de Guaidó
Notícias ao Minuto

12:25 - 22/01/20 por Lusa

Mundo Venezuela

"Levantemos a mão, hoje 23 de janeiro (de 2019), na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação (da Presidência da República), um governo de transição e eleições livres", diz então.

O ato acentua a crise venezuelana, que desde então se caracteriza por um regime acossado, externamente, pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia e, internamente, pelo reforço da contestação popular, corporizada por Juan Guaidó.

Em 23 de janeiro de 2019, depois de fazer referência a vários artigos da Carta Magna venezuelana, Guaidó diz estar a dar esse passo porque o país é governado de forma ditatorial e apela aos venezuelanos que jurem o compromisso de "restabelecer a Constituição da Venezuela".

As declarações desencadearam uma série de pronunciamentos internacionais, entre eles dos EUA e do Grupo de Lima, que não reconhecem o novo mandado do Presidente Nicolás Maduro, questionando alegadas irregularidades nas eleições presidenciais antecipadas de maio de 2018.

A União Europeia (UE) une-se aos apelos de mais de 50 países para a realização de eleições livres e reconheceu o líder opositor, uma posição que Portugal acompanha.

Guaidó promete, sem sucesso, fazer entrar no país ajuda humanitária internacional, através das fronteiras terrestres com o Brasil e a Colômbia, que o Governo do presidente Nicolás Maduro não autoriza e ordena o seu encerramento.

Acusado pelo Governo venezuelano de estar vinculado a grupos paramilitares colombianos, Juan Guaidó vê a sua imunidade parlamentar levantada pela Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime) que o acusa de violar a Constituição ao declarar-se Presidente interino.

A 30 de abril de 2019 Guaidó aparece nas proximidades de uma base militar do leste de Caracas, acompanhado do fundador do seu partido, Leopoldo López (que estava em prisão domiciliária) e um grupo de militares e anuncia que a "Operação Liberdade" está na "etapa final" e que a saída de Nicolás Maduro do poder está para breve.

Milhares de pessoas concentram-se em Altamira, no leste de Caracas, mas falhado o apoio militar Leopoldo López refugia-se na embaixada do Chile, em Caracas.

Apesar, da crise política, económica e social se agravar, fazendo aumentar o número de venezuelanos que fogem do país à procura de melhores condições de vida, fracassam várias tentativas de diálogo entre o Governo venezuelano e a oposição, um processo em que o Governo norueguês assume a mediação.

Escândalos de corrupção levam Guaidó a afastar-se de vários parlamentares da oposição mas ao mesmo tempo a sua popularidade atravessa um período de altos e baixos.

Parte da população questiona o tempo que passou sem que Juan Guaidó cumpra os três objetivos prometidos: afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e realizar eleições livres no país.

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