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Faz um ano que Guaidó se autoproclamou Presidente da Venezuela

O opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, faz um ano na quinta-feira, assumiu interinamente as funções de Presidente visando afastar Nicolás Maduro do poder e convocar um governo de transição e eleições livres.

Faz um ano que Guaidó se autoproclamou Presidente da Venezuela
Notícias ao Minuto

08:32 - 22/01/20 por Lusa

Mundo Venezuela

Desde então a Venezuela tem dois presidentes ambos parcialmente reconhecidos: Nicolás Maduro e Juan Guaidó, este último reconhecido por mais de 50 países, entre eles Os Estados Unidos e Portugal, neste caso uma posição assumida no âmbito da União Europeia.

Desde então, a crise política, económica e social venezuelana agravou-se, e a emigração aumentou e a oposição tentou fazer entrar, sem sucesso, ajuda humanitária no país.

Fracassaram várias tentativas de diálogo entre o Governo venezuelano e a oposição, que chegou a anunciar a Operação Liberdade mas que não contou com apoio militar.

Eis uma cronologia dos mais importantes acontecimentos desde essa altura:

 2019

- 05 de janeiro: A Assembleia Nacional da Venezuela (onde a oposição detém a maioria) elege Juan Guaidó (de 35 anos do partido Vontade Popular) como presidente.

- 10 de janeiro: Nicolás Maduro toma posse para um novo mandato (2019-2025) como Presidente da Venezuela, na sequência das contestadas eleições antecipadas de maio de 2018.

- 23 de janeiro: Juan Guaidó, jura publicamente (perante milhares de manifestantes em Caracas), assumir as funções de Presidente interino do país, até afastar o Presidente Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e transparentes.

Washington apoia o líder opositor venezuelano e o Presidente Nicolás Maduro acusa os EUA de apoiarem uma tentativa de golpe e dá 72 horas aos diplomatas norte-americanos para deixarem o país.

- 24 de janeiro: O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo anuncia que os EUA estão prontos para enviar ajuda para superar a crise humanitária no país.

- 28 de janeiro: Os EUA sancionam a empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) e Juan Guaidó apela ao Reino Unido que impeça o Governo venezuelano de retirar o ouro depositado no banco central britânico.

- 29 de janeiro: O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela inicia uma investigação contra Juan Guaidó e proíbe-o de sair do país.

- 04 de fevereiro: Vários países da União Europeia, entre eles Portugal, expressam apoio a Juan Guaidó.

- 18 de fevereiro: O Governo venezuelano insiste na negativa a aceitar ajuda humanitária estrangeira de vários países. A oposição insiste que fará entrar a ajuda humanitária no país, pelas fronteiras terrestres com o Brasil e a Colômbia.

- 21 de fevereiro: Nicolás Maduro fecha a fronteira com o Brasil e diz estar a ponderar fazer o mesmo com a Colômbia.

- 22 de fevereiro: Mais de 300 mil pessoas participam no concerto Venezuela Aid Live, em apoio à oposição venezuelana, em Cúcuta, Colômbia. Do outro lado, milhares de simpatizantes do Presidente Nicolás Maduro participam, em Tienditas (fronteira colombo-venezuelanas) o concerto Hands Off Venezuela.

- 23 de fevereiro: Nicolás Maduro fecha a fronteira e rompe relações diplomáticas com a Colômbia. Soldados venezuelanos bloqueiam as pontes que unem os dois países para impedir a entrada dos camiões com ajuda humanitária. Confrontos nas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Brasil provocam, segundo a imprensa local, 15 mortos e trezentos feridos.

- 28 de fevereiro: As autoridades colombianas dizem ter acolhido 274 oficiais das Forças Armadas da Venezuela e da polícia venezuelana, que desertaram.

- 04 de março: Guaidó regressa à Venezuela, depois de ter estado na Colômbia, Argentina, Brasil, Paraguai e Equador. Foi recebido em Maiquetía (a norte de Caracas), por vários diplomatas entre eles o embaixador português Carlos de Sousa Amaro.

- 07 de março: Ocorre o maior apagão elétrico da história da Venezuela. O país ficou vários dias às escuras. O governo venezuelano acusa os EUA e a oposição de sabotagem ao sistema elétrico nacional.

- 12 de março: Os EUA confirmam saída dos últimos diplomatas americanos.

- 25 de março: Um novo grande apagão deixa o país às escuras, dificultando as comunicações.

- 27 de março: Militares russos chegaram à Venezuela ao abrigo de acordos de cooperação bilateral.

- 29 de março: A Cruz Vermelha Internacional anuncia que distribuirá ajuda humanitária, com a aprovação do Governo da Venezuela.

- 02 de abril: A Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime) levanta a imunidade parlamentar de Juan Guaidó e acusa-o de violar a Constituição ao declarar-se Presidente interino do país.

- 30 de abril: Guaidó aparece nas proximidades de uma base militar do leste de Caracas, acompanhado do fundador do seu partido, Leopoldo López (que estava em prisão domiciliária) e um grupo de militares e anuncia que a "Operação Liberdade" está na "etapa final", que a saída de Nicolás Maduro do poder está para breve.

Uma viatura militar atropela vários manifestantes nas proximidades da Base Aérea de La Carlota. A Comissão Nacional de Telecomunicações toma o controlo da Rádio Caracas Rádio e ordena às operadoras suspender as emissões de várias estações de televisão, no cabo.

- 02 de maio: O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, denuncia que a oposição tentou comprar militares e Maduro apela às Forças Armadas a que se mantenham unidas.

- 25 de maio: A Noruega anuncia que o Governo venezuelano e a oposição chegaram a um acordo para iniciar um diálogo, em Oslo, do qual será mediadora.

- 30 de maio: Guaidó anuncia que as negociações na Noruega terminaram sem um acordo.

- 07 de junho: A Organização Internacional das Migrações e a Agência da ONU para os Refugiados, estimam que mais de quatro milhões de venezuelanos deixaram o país procurando escapar da crise.

- 17 de junho: A imprensa denuncia irregularidades no uso de recursos económicos destinados à ajuda humanitária e entregues à oposição. Guaidó pede a colaboração da Colômbia para uma investigação imparcial.

- 19 de junho: A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, inicia uma visita de três dias à Venezuela.

- 26 de junho: O Governo venezuelano diz ter frustrado um golpe de Estado que previa o assassínio do Presidente Nicolás Maduro, da sua mulher, Cília Flores e do presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, o segundo homem mais forte do regime 'chavista'.

- 30 de junho: Familiares do capitão Rafael Ramón Acosta Arévalo denunciam que este oficial foi torturado e assassinado por agentes dos serviços de informações militares e vários países pedem que seja feita uma investigação.

- 04 de julho: A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, divulga um relatório sobre a visita à Venezuela, concluindo que "existem motivos" para acreditar que "foram cometidas graves violações dos direitos económicos e sociais" no país. Também que foram documentados casos de tortura e detenções de pessoas que exerciam os seus direitos civis.

- 07 de julho: A oposição e o Governo venezuelano retomam as negociações, em Barbados, sob a mediação da Noruega.

- 19 de julho: As delegações que representam o Governo e a oposição regressam a Caracas, sem avanços no diálogo. O Presidente Nicolás Maduro acusa os EUA e a União Europeia de chantagem.

- 23 de julho: O parlamento aprova o regresso da Venezuela ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca.

- 05 de agosto: O Presidente dos EUA, Donald Trump decreta um bloqueio económico contra o país e ordena sanções contra quem apoie o regime venezuelano.

- 15 de agosto: O Ziraat Bank, o maior banco da Turquia, deixa de cooperar com o Banco Central da Venezuela.

- 03 de setembro: A petrolífera chinesa CNPC, suspende a parceria com a estatal Petróleos da Venezuela SA, para evitar as sanções impostas pelos EUA.

- 12 de setembro: A Organização de Estados Americanos, aprova o regresso da Venezuela ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca.

- 24 de setembro: Após dois anos de ausência 40 deputados do regime regressam ao parlamento. Os EUA sancionam quatro empresas de transporte marítimo por transportar petróleo venezuelano para Cuba.

- 29 de outubro: A Venezuela acusou a União Europeia, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados e a Organização Internacional para as Migrações de gerar sofrimento e roubarem os recursos dos venezuelanos.

- 05 de novembro: O Departamento do Tesouro norte-americano sanciona cinco altos funcionários do regime venezuelano, nomeadamente José Adelino Ornelas Ferreira, secretário-geral do Conselho de Defesa da Nação.

- 06 de novembro: A ONU anuncia que vai avançar com Plano de Resposta Humanitária para responder à crise na Venezuela.

- 10 de novembro: O deputado Francisco Torrealba, do Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, diz que a crise tem sido aproveitada para "fazer grandes negócios".

- 11 de novembro: A União Europeia prorroga por mais um ano as sanções à Venezuela, por considerar continuarem em causa a democracia e o respeito pelos direitos humanos.

- 14 de novembro: Caracas denuncia que 56 aeronaves norte-americanas violaram o espaço aéreo desde 01 de setembro.

- 16 de novembro: As forças de segurança irromperam pela sede do partido Vontade Popular, de Juan Guaidó.

- 19 de novembro: Guaidó insiste que solução para a crise passa por cumprir objetivos que propôs ao país.

- 12 de dezembro: Guaidó admite não ter feito o suficiente para afastar Maduro do poder.

- 17 de dezembro: O Congresso norte-americano aprova um pacote de ajuda humanitária no valor de 356 milhões de euros.

- 22 de dezembro: Cinco militares venezuelanos atacam um quartel militar no sudeste da Venezuela e fogem para o Brasil onde pedem o estatuto de refugiados.

2020

- 05 de janeiro: A polícia venezuelana impediu Juan Guaidó de entrar na Assembleia Nacional, onde seria reeleito presidente.

Os deputados chavistas elegeram Luís Parra como presidente do parlamento.

Juan Guaidó, não reconhece a nova direção do parlamento e presidiu uma sessão parlamentar paralela em que é reeleito presidente da Assembleia Nacional.

06 de janeiro: A União Europeia diz que continua a reconhecer Juan Guaidó como presidente legítimo da Assembleia Nacional. O Governo português reconhece Juan Guaidó como presidente do parlamento.

07 de janeiro: Guaidó força a entrada na Assembleia Nacional.

12 de janeiro: Guaidó diz que as negociações com governo de Maduro são "impossíveis".

13 de janeiro: Os EUA sancionam sete deputados por "bloqueio" do processo democrático.

15 de janeiro: Civis armados impedem entrada dos deputados da oposição no parlamento.

17 de janeiro: A oposição acusa Maduro de operações de suborno para tentar diminuir o apoio a Guaidó.

19 de janeiro: Guaidó, deslocou-se à Colômbia para participar juntamente com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, numa reunião sobre o combate ao terrorismo.

20 de janeiro: O Presidente da Colômbia, Iván Duque, denunciou a presença na Venezuela de células do grupo terrorista libanês Hezbollah, o qual garantiu ser apoiado pelo regime de Nicolás Maduro.

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