"Os Estados Unidos estão ao vosso lado nesses esforços significativos", declarou o secretário de Estado norte-americano, que visitou uma base da brigada antidroga da polícia colombiana em Bogotá, na sequência da sua visita à Colômbia.

"Temos certeza de que, em 2020, o trabalho que estão a fazer, contra o que é um flagelo para os Estados Unidos, a Colômbia e toda a região, será ainda melhor. Vamos trabalhar juntos", acrescentou Pompeo.

A Colômbia é a maior produtora mundial de folhas de coca com 169.000 hectares de plantações e de cocaína com 1.120 toneladas em 2018, segundo a ONU.

Os Estados Unidos, que nos últimos 40 anos pagaram vários milhões de dólares em ajuda a esse aliado regional para combater o tráfico de drogas, são o maior consumidor.

As plantações de drogas diminuíram segundo a ONU, desde o recorde de 171.000 hectares em 2017, e o Presidente colombiano, Iván Duque Márquez, assegurou recentemente que 100.000 hectares foram erradicados em 2019, um balanço histórico.

"Esses resultados demonstram o compromisso e a vontade de vencer o inimigo comum do narcotráfico", indicou o ministro da Defesa da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, durante a visita de Mike Pompeo, que chegou na segunda-feira a Bogotá, a primeira paragem de uma visita regional que continuou hoje na Costa Rica.

Iván Duque, no poder desde agosto de 2018, lançou um plano de combate às drogas que pretende reduzir para metade as plantações de coca em 2022-2023 e reativar a fumigação aérea com glifosato, uma iniciativa elogiada pelos Estados Unidos, mas contestada pelos agricultores.

"O Governo colombiano continuará a usar todas as ferramentas à sua disposição para vencer o narcotráfico, incluindo a fumigação aérea", afirmou o ministro.

As fumigações aéreas com glifosato foram suspensas em 2015, durante o Governo do ex-Presidente Juan Manuel Santos (2010-2018), devido ao impacto na saúde humana e no meio ambiente deste herbicida considerado cancerígeno.

Os Estados Unidos anunciaram na semana passada o pagamento à Colômbia de 5 milhões de dólares (4,5 milhões de euros) para investimentos nas regiões afetadas pelas plantações de drogas, algumas das quais foram classificadas como prioritárias no acordo de paz de 2016, que permitiu o desarmamento dos ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

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