Julen: Juiz aceita acordo, dono do poço condenado a um ano de prisão
David Serrano, único arguido no caso da morte de Julen Roselló, foi condenado a um ano de prisão mas, se cumprir acordo com os pais do menina, não irá preso. O dono do terreno pediu perdão aos pais de Julen.
© Reuters
Mundo Julen
O juiz do Tribunal de Instrução n.º 9 de Málaga aceitou o acordo alcançado entre os pais de Julen Roselló, o menino de dois anos que morreu depois de cair num poço, e o dono do terreno, em Totalán. David Serrano, único arguido no caso, foi condenado a um ano de prisão por imprudência grave depois se declarar culpado.
A pena, porém, será cumprida em regime de pena suspensa, não ingressando na prisão se pagar a indemnização que lhe foi imposta.
Conforme já se havia noticiado na segunda-feira, o acordo firmado entre ambas as partes exclui a possibilidade de prisão, implicando apenas o pagamento de uma indemnização, de 89.529 euros a cada um dos pais do menino, José Roselló e Victoria García [na imagem acima].
Esta terça-feira, o tribunal confirmou a decisão, conforme escreve o La Vanguardia. O juiz também decidiu que a junta de Andaluzia também será ressarcida pelas despesas no resgate da criança em 663.982,45 euros.
De acordo com a publicação, o magistrado considerou que o espanhol não constitui perigo para a sociedade e que a sua passagem pela prisão não mudaria nada.
Na sua vez de falar, David Serrano reconheceu os feitos, aceitou a condenação e pediu perdão aos pais de Julen. "Nunca quis que acontecesse nada de mal ao menino", disse.
Recorde-se que estavam alinhadas cerca de 50 testemunhas e especialistas para falar no Tribunal de Instrução n.º 9 de Málaga, esta semana, no processo que acusava David Serrano de homicídio por negligência grave. O espanhol incorria numa pena de prisão de até três anos.
A defesa do acusado alegava que o proprietário tinha alertado os pais para a existência de vários poços de prospeção de água abertos naquele terreno, acrescentando depois que teria sido a gigante operação de buscas a causar a morte do menino.
Julen, a criança de 2 anos, caiu num poço junto à necrópole da Tumba Del Moro, local turístico em Málaga, na região da Andaluzia, no dia 13 de janeiro de 2019. Treze dias depois, as equipas de resgate espanholas encontraram a criança já morta.
A criança ficou presa num túnel de 25 centímetros de diâmetro e 107 metros de profundidade.
As características do terreno, de extrema dureza, dificultaram o trabalho de perfuração de um túnel vertical de 60 metros paralelo àquele em que a criança caiu, o que atrasou a entrada em ação da brigada mineira para escavar a galeria de acesso ao local.
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