Justiça abre investigação à morte de ativista anti-'apartheid' em 1982

A justiça da África do Sul iniciou uma investigação à morte de Neil Aggett, um ativista anti-'apartheid', que morreu em 1982 enquanto se encontrava sob custódia policial.

coronavírus, África do Sul, Cidade do Cabo

© iStock

Lusa
20/01/2020 20:55 ‧ 20/01/2020 por Lusa

Mundo

África do Sul

O corpo de Aggett foi encontrado pendurado na cela da esquadra John Vorster, em Joanesburgo, então conhecida pelas mortes de ativistas detidos e por alegados episódios de tortura contra estes, que combatiam o opressivo sistema sul-africano.

Um inquérito acabou por ilibar a polícia de qualquer delito, apontando a causa de morte como suicídio, no entanto a família de Aggett e os advogados pelos direitos humanos sempre discordaram e apelaram para a realização de outra investigação.

A reabertura do caso de Neil Aggett surge após o antigo polícia João Rodrigues ter sido alvo de um inquérito no ano passado pelo seu alegado envolvimento na morte de Ahmed Timol, um outro ativista contra o 'apartheid', na mesma esquadra, em 1971.

João Rodrigues deverá ir a tribunal este ano.

A procuradoria sul-africana considera que a decisão reafirma que os suspeitos de terem participado em crimes durante a era do 'apartheid' não podem evitar a justiça alegando que os crimes em questão já prescreveram.

Pelo menos 73 presos políticos morreram sob custódia policial entre 1963 e 1990 na África do Sul.

O regime segregativo terminou em 1994, com a realização das eleições que levaram Nelson Mandela à presidência do país.

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