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Putin entrega do parlamento as alterações à Constituição

O Presidente russo, Vladimir Putin, entregou hoje no parlamento as suas propostas de alterações à Constituição, menos de uma semana após o anúncio surpresa de uma reforma do sistema político.

Putin entrega do parlamento as alterações à Constituição
Notícias ao Minuto

15:26 - 20/01/20 por Lusa

Mundo Rússia

Este projeto-lei, divulgado no 'site' da internet da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, propõe um conjunto de medidas, incluindo um reforço da função do parlamento na designação do primeiro-ministro e a limitação dos mandatos presidenciais a dois, em vez de dois sucessivos.

Outra das medidas consiste na criação pelo presidente de um Conselho de Estado que, de acordo com o texto, deverá ser responsável por "determinar as principais orientações da política interna e externa da Federação da Rússia".

No seu discurso anual ao parlamento na semana passada, Vladimir Putin anunciou esta revisão constitucional, que provocou a demissão do primeiro-ministro Dmitri Medvedev e do seu governo.

Esta reforma relançou o debate sobre o seu futuro político após o final do seu mandato em 2024, e que impede a sua recandidatura presidencial.

A reforma proposta e hoje entregue na Duma parece excluir um regresso ao Kremlin após ocupar outras funções, como sucedeu entre 2008 e 2012 ao assumir o cargo de primeiro-ministro após dois mandatos presidenciais sucessivos.

Observadores da vida política russa citados pela agência noticiosa AFP consideram que Putin, apesar de não ter evocado diretamente o seu futuro para além de 2024, vai procurar manter a sua influência.

Alguns analistas sugerem que poderá tornar-se em árbitro supremo, acima das tricas políticas e com um posto semelhante ao ocupado por Nursultan Nazarbaiev no Cazaquistão, que em 2019 se tornou "numa espécie de pai da nação" e deixando a presidência e um fiel executor.

"Putin pode tornar-se no dirigente vitalício do país", acusou hoje Alexei Navalny, o seu principal opositor, em artigo nas redes sociais.

"É uma usurpação do poder, é o que está a suceder, e é preciso combatê-la", acrescentou.

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