Frustração económica aumenta risco de instabilidade na Guiné Equatorial
A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) considera que os riscos à estabilidade do Governo de Teodoro Obiang, na Guiné Equatorial, estão a aumentar devido ao crescimento da frustração popular com a deficiente gestão económica governamental.
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Mundo Guiné Equatorial
"Os riscos à estabilidade do regime estão a aumentar, com a questão da sucessão de Obiang, de 77 anos, a tornar-se cada vez mais premente", escrevem os consultores da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.
Numa nota sobre a economia da Guiné Equatorial, o mais recente país a aderir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que há um crescimento da frustração popular num contexto de insatisfação com a má gestão económica da economia há anos por parte do Governo".
Na análise notam, ainda assim, que "a pressão orçamental que limita a capacidade do regime para apaziguar a elite política e económica do país dever abrandar com a recuperação do preço do petróleo a médio prazo" e com a implementação do programa de apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional, no valor de 282,8 milhões de dólares, cerca de 250 milhões de euros.
O crescimento económico, consideram, "será largamente determinado pelos desenvolvimentos nos setores do petróleo e gás", fundamentais para o equilíbrio económico da Guiné Equatorial, que está em recessão há pelo menos cinco anos, e que deverá manter um crescimento negativo pelo menos até 2022.
"Esperamos que alguns projetos liderados por estrangeiros envolvendo empresas do Golfo e da China façam a economia não petrolífera voltar ao crescimento este ano, o que vai abrandar a recessão, que será progressivamente mais pequena até regressar ao crescimento em 2024, com uma expansão à volta dos 2,7%", prevê a EIU.
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