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Recep Erdogan critica "tolerância excessiva" face a Hafter

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou hoje o que considera uma tolerância excessiva da comunidade internacional em relação ao marechal rebelde Jalifa Hafter, um opositor do governo líbio reconhecido pela ONU e apoiado pela Turquia.

Recep Erdogan critica "tolerância excessiva" face a Hafter
Notícias ao Minuto

10:39 - 19/01/20 por Lusa

Mundo Turquia

"A comunidade internacional não está a demonstrar a reação necessária contra os ataques imprudentes do golpista [golpe de Estado] Hafter", afirmou o Presidente turco aos jornalistas, no aeroporto de Istambul, antes de partir para Berlim, na Alemanha, a fim de participar hoje numa conferência internacional, que visa encontrar soluções para a guerra civil na Líbia.

Erdogan denunciou as ações de Jalifa Hafter, comandante do Exército Nacional Líbio (LNA) e 'homem forte' no leste da Líbia, acusando-o de violar "desde há muito tempo" as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Presidente turco avisou que organizações terroristas jihadistas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico estão a recuperar terreno na Líbia e que os ataques de Hafter colocam em risco toda a região do Mediterrâneo.

Erdogan assegurou ainda que o seu país está a desempenhar um papel essencial na conquista da paz na Líbia e que o cessar-fogo impulsionado pela Turquia e pela Rússia, que apoia Hafter, trouxe alguma calma ao país do norte da África.

O líder turco considerou que a reunião de hoje em Berlim, na qual participam Hafter e o governo líbio reconhecido pela ONU, é "um passo importante", mas alerta que "estes surtos de paz não devem ser sacrificados pela ambição daqueles que negoceiam com sangue e caos".

Em 11 de janeiro deste ano, o marechal Jalifa Hafter, comandante do Exército Nacional Líbio (LNA) e 'homem forte' no leste da Líbia, aceitou o cessar-fogo proposto pela Turquia (defensora do Governo de Acordo Nacional - GNA) e pela Rússia, que apoia os militares.

O líder do Governo reconhecido pela ONU, Fayez al Serraj, aceitou o acordo, colocando apenas como condição que Hafter retirasse as tropas que cercavam Trípoli, e saudou "as iniciativas da Rússia e da Turquia para declarar o cessar-fogo".

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