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Libertada a maioria dos manifestantes detidos no Líbano desde terça-feira

A grande maioria dos manifestantes detidos nas últimas 48 horas foram hoje libertados no Líbano, onde prossegue o movimento de contestação contra as lideranças políticas, acusadas de corrupção e incompetência, indicaram os advogados.

Libertada a maioria dos manifestantes detidos no Líbano desde terça-feira
Notícias ao Minuto

18:11 - 16/01/20 por Lusa

Mundo Líbano

A capital Beirute foi palco de violências noturnas na terça e quarta-feira, assinaladas por ataques a diversos estabelecimentos bancários, e quando a situação socioeconómica continua a degradar-se.

Os incidentes ocorrem num contexto de restrições severas impostas há semanas pelos bancos sobre os levantamentos, que suscitaram novos protestos.

Na terça-feira, foram detidas "59 pessoas suspeitas de atos de vandalismo e agressões", indicaram as forças de segurança, que também detiveram pessoas na quarta-feira, cujo número não foi divulgado e que exigiam a libertação dos presos na véspera.

Segundo uma lista de nomes do "comité dos advogados para a defesa dos manifestantes", da qual a agência noticiosa AFP obteve uma cópia, estavam detidas 101 pessoas, 56 das quais foram presas na noite de quarta-feira, incluindo cinco menores.

"Os protestos começaram há mais de 90 dias e até agora as autoridades falharam completamente em dar resposta às reivindicações dos contestatários", disse Lynn Maalouf, diretora de investigação da Amnistia Internacional (AI) para o Médio Oriente.

"Nos últimos dois dias assistimos a uma escalada de ambos os lados", adiantou.

Na manhã de hoje, o procurador-geral junto do Tribunal de Cassação, Ghassan Oueidate, ordenou a libertação de todos os detidos à exceção dos autores "de atos de vandalismo ou dos que são alvo de mandados de detenção anteriores", informou a agência nacional ANI.

Durante a tarde, o Comité de advogados para a defesa dos manifestantes indicou na sua página no Facebokk que "todas as pessoas detidas foram libertadas à exceção de sete estrangeiros que serão indiciados".

Os estrangeiros que permanecem sob prisão são seis sírios e um egípcio, precisou um advogado do comité.

A Cruz Vermelha libanesa indicou ter tratado 84 feridos dos dois lados, após confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança.

Jornalistas também foram feridos pelas forças de segurança, o que foi condenado pela ministra do Interior, Raya El Hassan, que prometeu uma investigação do sucedido.

O Líbano assiste desde outubro a uma contestação inédita contra uma classe dirigente considerada corrupta e incompetente ao mesmo tempo que a situação económica do país continua a degradar-se.

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