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Egito justifica detenção de jornalistas de agência noticiosa turca

O Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio rejeitou hoje as declarações do seu homólogo turco e defendeu a ação das forças de segurança que detiveram na quarta-feira quatro jornalistas da agência de notícias turca Anadolu no Cairo.

Egito justifica detenção de jornalistas de agência noticiosa turca
Notícias ao Minuto

15:54 - 16/01/20 por Lusa

Mundo Egito

Em comunicado, o porta-voz do Ministério, Ahmed Hafez, indicou que o seu país rejeitou a posição da Turquia em relação às "medidas legais tomadas pelas autoridades egípcias contra um comité eletrónico ilegal que trabalhava sob a cobertura de uma empresa fundada pelo grupo terrorista Irmandade Muçulmana".

A nota salientou que "todas as medidas tomadas pelas autoridades egípcias estão de acordo com as leis e normas" do país árabe.

Ahmed Hafez criticou ainda o comunicado emitido na quarta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia, que denunciou a "ação violenta contra [a agência] Anadolu" e afirmou que é um sinal da "atitude negativa do Governo egípcio em relação à liberdade de imprensa".

O porta-voz egípcio respondeu dizendo que a Turquia é "um dos piores regimes pelas violações de liberdade de opinião, expressão e imprensa" no 'ranking' internacional.

No entanto, o Egito está abaixo da Turquia no índice de liberdade de imprensa da organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras de 2019, ocupando o lugar 163.º em comparação com a Turquia, que está em 157.º entre 180 países.

Na quarta-feira, a principal agência de notícias turca noticiou a detenção de quatro dos seus trabalhadores no escritório da capital egípcia, incluindo um cidadão turco, que foram levados para local desconhecido.

Por sua parte, o Ministério do Interior egípcio acusou os detidos de elaborar "informações negativas, falsas e fabricadas sobre a situação" no Egito e alegou que os jornalistas integravam um "comité de comunicação eletrónica turco".

As autoridades egípcias vincularam os colaboradores ao grupo islâmico Irmandade Muçulmana, considerado terrorista no Egito desde 2013, mas próximo do Governo de Ancara, a quem o Cairo acusa de dar apoio político e económico e refúgio a muitos dos seus membros.

As tensões entre Ancara e Cairo reacenderam nas últimas semanas devido à sua posição divergente relativamente à situação na Líbia.

Neste país devastado por um conflito civil, a Turquia apoia o Governo de Tripoli, reconhecido pela ONU, e o Egito apoia militarmente as forças rivais do marechal Khalifa Haftar, o homem forte do leste da Líbia.

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