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Cinco países reúnem-se para pressionar Teerão sobre queda do avião

Representantes de cinco países que perderam cidadãos na queda do avião ucraniano abatido pelo Irão na semana passada encontraram-se hoje em Londres para pressionar Teerão a conduzir uma investigação completa e aberta sobre a tragédia.

Cinco países reúnem-se para pressionar Teerão sobre queda do avião
Notícias ao Minuto

14:53 - 16/01/20 por Lusa

Mundo EUA/Irão

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Reino Unido, Afeganistão, Suécia e Ucrânia acenderam velas numa vigília em memória dos passageiros e tripulantes mortos, antes da reunião no Alto Comissariado do Canadá em Londres.

Todas as 176 pessoas a bordo do avião da Ukranian International Airlines (UIA) morreram quando o aparelho foi abatido por mísseis balísticos logo após descolar do Aeroporto Internacional Imã Khomeini, em Teerão, a 08 de janeiro.

Entre as vítimas estavam 57 cidadãos canadianos, além de ucranianos, suecos, afegãos, britânicos e iranianos.

O Irão declarou inicialmente que uma falha técnica havia provocado a queda do avião, mas acabou por reconhecer, perante as crescentes evidências, que a Guarda Revolucionária iraniana derrubara acidentalmente o avião.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu uma "investigação internacional abrangente, transparente e independente" do acidente.

O Canadá - que não tem uma embaixada no Irão - exigiu ter um estatuto oficial na investigação.

O ministro dos Transportes do Canadá, Marc Garneau, disse na quarta-feira que dois investigadores canadianos estavam no Irão como parte de uma equipa internacional e tiveram uma boa cooperação, mas Garneau quer que a participação na investigação seja formalizada.

Garneau disse que os gravadores de dados do voo e de voz do avião estão nas mãos do Irão, mas outros dois investigadores canadianos estão prontos para quando estes forem examinados.

A queda do avião ocorreu num momento de crescentes tensões entre o Irão e os Estados Unidos devido ao assassínio do comandante da Guarda Revolucionária, general Qassem Soleimani, num ataque de 'drones' realizado pelos EUA em Bagdad a 03 de janeiro.

O Irão disparou mísseis contra bases iraquianas que abrigam tropas norte-americanas em retaliação pela morte do general.

Aliados dos norte-americanos evitaram culpar o Governo Trump, mas o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, disse que as vítimas do acidente estariam vivas se as tensões não tivessem aumentado na região.

"Se não houvesse escalada recentemente na região, esses canadianos estariam agora em casa com as suas famílias. Isso é algo que acontece quando se tem conflitos e guerra. Os inocentes são aqueles que sofrem com as consequências", disse Trudeau à Global News Television nesta semana.

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