Ministro venezuelano elogia a China pelo fortalecimento dos laços
O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, elogiou hoje a China pelo fortalecimento dos laços com o seu país, um dos principais aliados de Caracas, num momento de grave crise política e económica no país latino-americano.
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Mundo Venezuela
Pequim continua a reconhecer Nicolas Maduro como o único Presidente legítimo da Venezuela, enquanto mais de 50 países - os Estados Unidos na liderança - apoiam o oponente Juan Guaidó, Presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado Presidente em janeiro de 2019.
No ano passado, a Venezuela sofreu grandes protestos anti-Maduro, muitas vezes violentos, que mergulharam o país numa grave crise política, económica e humanitária.
"Atacada pelos Estados Unidos, a Venezuela tem sido o epicentro de conflitos na América Latina", observou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza, na China.
O ministro venezuelano referiu-se ao ativismo de Washington e às sanções norte-americanas contra o petróleo do país, que privam Caracas de uma renda significativa desde a primavera passada.
"Mas nós recebemos solidariedade e aumentamos a cooperação" com Pequim, disse Arreaza quando foi recebido pelo seu homólogo chinês, Wang Yi.
O gigante asiático é o principal credor da Venezuela, ao qual concedeu milhares de milhões de euros em empréstimos.
O petróleo é um pilar da frágil economia venezuelana e representa 96% das receitas do país. Antes do embargo de Washington, 75% da receita de petróleo de Caracas vinha de empresas norte-americanas.
"A China continuará a apoiar vigorosamente a Venezuela na preservação de sua soberania e dignidade nacional, bem como de seus direitos e interesses legítimos", disse Wang Yi, citado pela agência de notícias oficial da China.
A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, apesar de sua produção ter caído devido à falta de manutenção das instalações petrolíferas.
Pequim, que sempre se opôs às sanções norte-americanas, é hoje um dos principais beneficiários do ouro negro venezuelano, graças a uma política de empréstimos reembolsáveis pelas entregas de petróleo.
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