EUA querem reduzir missão da ONU, no Mali, mas França e Rússia discordam
Os Estados Unidos pediram hoje, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a reformulação e redimensionamento da missão de paz no Mali (Minusma), proposta rejeitada pela França e pela Rússia.
© Reuters
Mundo ONU
A diplomata na ONU reforçou: "Devemos reconhecer que as missões de manutenção de paz não são a resposta às ameaças terroristas crescentes no Mali".
Os Estados Unidos da América (EUA), que ponderam atualmente reduzir a sua presença militar em África, vêm questionando repetidamente, desde 2018, a utilidade da Minusma, uma força de 15 mil "capacetes azuis" dotada de um orçamento anual de 1,2 milhões de dólares (1,075 milhões de euros) e presente no Mali desde 2013.
Esta posição foi reforçada hoje por Cherith Norman Chalet que sublinhou que a Minusma deveria parar de apoiar a aplicação de um acordo de paz assinado em 2015 e que é pouco respeitado pelos signatários.
"Deveria focar-se na proteção dos civis e assim poder reduzir-se o tamanho da missão", defendeu a diplomata.
A representante dos EUA reclamou "uma nova abordagem que rompa com o 'status quo'" até junho, mês durante o qual expira o mandato da Minusma.
Cherith Norman Chalet quer ainda que a ONU imponha sanções "contra indivíduos e entidades de todas as partes do conflito, incluindo funcionários do Governo e membros de grupos armados" que violem o acordo de paz.
Antes da reunião do Conselho de Segurança, o embaixador francês na ONU, Nicolas de Rivière, tinha sublinhado aos meios de comunicação social que a "Minusma continua a ser um instrumento muito importante", assegurando que a França continuará a apoiar a missão.
O vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitri Polyanskiy, rejeitou "categoricamente" perante o Conselho de Segurança a pretensão dos EUA.
"Não estamos dispostos a considerar opções para uma revisão dos parâmetros de funcionamento ou para reduzir a sua presença", disse.
Falando em nome do Níger, da África do Sul e da Tunísia, os três membros africanos do Conselho, o embaixador do Níger, Abdou Abarry, saudou "os progressos" do Mali.
O diplomata apelou ainda "aos parceiros bilaterais e multilaterais para que reforcem o apoio ao Governo do Mali na implementação do acordo de paz", pedindo ajuda para "as forças de defesa e segurança através do reforço das capacidades logísticas, operacionais e de informação".
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