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Centenas reúnem-se nas Honduras para formar caravana rumo aos EUA

Centenas de migrantes hondurenhos começaram hoje a caminhar e a pedir boleia na cidade de San Pedro Sula, nas Honduras, numa tentativa de formar uma caravana de migrantes semelhante à que chegou à fronteira com os EUA em 2018.

Centenas reúnem-se nas Honduras para formar caravana rumo aos EUA
Notícias ao Minuto

17:09 - 15/01/20 por Lusa

Mundo Migrações

Alguns migrantes empunhavam bandeiras das Honduras e gritavam palavras de ordem contra o Presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, no momento da partida em direção à fronteira com a Guatemala.

A maioria das tentativas de formar caravanas em 2019 foi interrompida pela polícia e pela Guarda Nacional no México, que está sob crescente pressão dos EUA para impedir que os migrantes cheguem à fronteira com os EUA.

Alguns migrantes indicaram que estavam cientes de que a viagem seria difícil, mas salientaram que tentariam de qualquer maneira.

"Não estamos a viver aqui, estamos apenas a sobreviver", realçou Elmer Garcia, um migrante de 26 anos da cidade de Comayagua.

"Portanto, não faz muita diferença se morres lá, ou morres aqui", acrescentou.

Gerson Noe Monterroso, de 34 anos, está desempregado há cinco anos e deixou a sua cidade natal Choloma, ao norte de San Pedro Sula, na esperança de encontrar um emprego e enviar dinheiro para a sua família.

Monterroso partiu com o seu filho bebé nos braços, mas deixou os seus outros filhos com os avós em Choloma.

"Aqui nas Honduras, as oportunidades são escassas e o crime é insuportável", afirmou Monterroso, acrescentando que nem nas suas "próprias casas" estão "seguros".

Esta foi a terceira tentativa de Monterroso chegar aos Estados Unidos.

As perspetivas para qualquer tipo de caravana como a de 2018 - que envolveu milhares de pessoas - parecem remotas.

Muitos dos migrantes da caravana de 2018 solicitaram asilo, algo que agora é difícil ou impossível.

Em abril de 2019, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, defendeu no Congresso a decisão de Washington de cortar as ajudas económicas a três países da América Central (El Salvador, Guatemala e Honduras), de onde são maioritariamente oriundos os migrantes que têm integrado as últimas caravanas em direção aos Estados Unidos.

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