Notis Mitarakis, até ao momento vice-ministro do Trabalho e da Segurança Social, vai tomar hoje posse como responsável pelo ministério que tinha sido dissolvido no ano passado.
Para vice-ministro da Migração foi apontado Yorgos Kumutsakos que tinha sido o responsável pela política migratória durante os primeiros seis meses do executivo do partido conservador Nova Democracia.
Na altura em que o ministério foi desmantelado a oposição e organizações não-governamentais criticaram a decisão por não tratar da situação dos refugiados da Grécia como "uma questão humanitária".
A escolha de Mitarakis para ministro da política Migratória pode ser uma mensagem dirigida às autoridades das ilhas do Egeu Oriental que recusam repetidamente o plano do governo que pretende encerrar os atuais campos de refugiados para os substituir por Centros de Internamento de Estrangeiros.
Na segunda-feira Mitarakis foi vaiado durante uma manifestação junto ao edifício da autarquia da ilha de Quios onde se encontram seis mil pessoas requerentes de asilo.
O município rejeitou a construção dos Centros de Internamento para Estrangeiros que o governo quer edificar num terreno municipal a 15 quilómetros da cidade de Quios.
Para Mitarakis, os centros são a solução viável para cerca de cinco mil pessoas, mas a Câmara Municipal não quer que as instalações venham a ter uma ocupação superior a 500 pessoas.
No ano passado chegaram, de forma irregular, 59.450 pessoas às ilhas do Egeu Oriental.