"Nas últimas noites, tivemos pessoas nas ruas de Teerão a protestar contra as mentiras que lhes foram ditas durante dois dias", afirmou Mohammad Javad Zarif, em declarações na capital da Índia, Nova Deli.
Dois dias após a queda do UIA Boeing 737-800, que cobria a rota Teerão-Kiev, a 08 de janeiro, as autoridades iranianas anunciaram que o avião foi abatido acidentalmente por um míssil iraniano.
A primeira versão das autoridades dava conta de que a queda do avião tinha sido provocada por problemas técnicos.
Hoje, Zarif também enalteceu os militares por terem tido "a coragem" de reclamar a responsabilidade pelo acidente.
O abate do avião, que matou as 176 pessoas a bordo, a maioria iranianas e canadianas, gerou uma onda de descontentamento popular.
Também hoje, o Presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu uma maior "coordenação e supervisão" das Forças Armadas para garantir que uma tragédia como o derrube do avião ucraniano com 176 pessoas a bordo "não volte a acontecer" no Irão.
Num discurso durante uma reunião de gabinete, o Presidente disse que é necessário "aceitar a responsabilidade e ser honesto" com a população que sofre com a catástrofe.