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Artista russa casa com inventor que matou jornalista sueca em submarino

O casamento terá ocorrido a 19 de dezembro do ano passado.

Artista russa casa com inventor que matou jornalista sueca em submarino
Notícias ao Minuto

19:46 - 14/01/20 por Sara Gouveia

Mundo Kim Wall

Uma artista russa a viver em auto-exílio político na Finlândia defendeu o seu casamento com o assassino de uma jornalista sueca, o inventor dinamarquês Peter Madsen. Jenny Curpen terá casado com o inventor a 19 de dezembro do ano passado, depois de este ter sido condenado a uma prisão perpétua em abril de 2018 pelo abuso sexual e homicídio de Kim Wall.

Madsen está encarcerado na prisão de Herstedvester, nos arredores de Copenhaga e confirmou através do Facebook o casamento com Jenny. "Não terei acesso à internet, para receber ou reagir às vossas mensagens. Se ainda tiverem a necessidade de interagir, sintam-se livres de contactar Jenny Curpen pelo Facebook", escreveu o recluso.

Jenny vive na cidade finlandesa de Salo com outro exilado político russo Alexei Devyatkin e os seus dois filhos pequenos.

O homicídio de Kim Wall, uma reconhecida jornalista freelancer, foi marcado por "brutalidade", foi dito durante o julgamento. O corpo desmembrado da mulher foi encontrado depois de esta ter sido vista a embarcar no submarino.

Peter Madsen, agora com 49 anos, admitiu ter desmembrado o corpo, mas alega que Kim morreu num acidente dentro do submarino que ele construiu.

A sua atual mulher, Jenny, era originalmente uma jornalista que trabalhava para um site de notícias da oposição russa, entretanto banido pelas autoridades, e descreve-se agora como uma artista. À BBC esclareceu que o seu casamento com o inventor era genuíno e não apenas parte de um "projeto artístico" que tinha anunciado anteriormente, chamado: "Este não é o Peter que conhecíamos".

O nome do projeto advém da frase repetida por vários amigos de Peter Madson e, segundo a mulher, simbolizava a forma como a sociedade o demonizou desde o crime. 

"O meu marido cometeu um crime horrível e foi punido por isso. No entanto, conhecendo-o na realidade dá-me o direito exclusivo de dizer que sou sortuda de estar com o homem mais bonito, inteligente, talentoso, devoto e empático de sempre", escreveu Jenny no Facebook, no passado domingo. Acrescentando ainda que Peter Madson é "uma de duas vítimas deste crime", pois" ter ficado vivo é uma punição só por si para ele".

A ligação entre os dois começou em meados de 2018, a propósito do projeto. O dinamarquês divorciou-se da mulher depois da sua detenção em 2017.

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