Condenação de ex-oficiais no Ruanda é repressão do Governo
A organização Human Rights Watch considera que a decisão do Tribunal de Apelação do Ruanda que sustenta a condenação de dois ex-oficiais do Exército, que se queixam de problemas de saúde, enquadra-se na repressão governamental contra os críticos.
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Mundo Human Rights Watch
O Supremo Tribunal do Ruanda condenou, em 2016, o coronel Tom Byabagamba e o general reformado Frank Rusagara a 21 e 20 anos de prisão, respetivamente, acusando-os de insurreição e de manchar a imagem do Governo, o que foi negado pelos antigos aliados do Presidente Paul Kagamé.
A decisão foi posta em causa pelos críticos que afirmam que se tratou de simples críticas contra o Governo de Kagamé, feitas em privado.
A Human Rights Watch, numa declaração divulgada hoje, refere que o Tribunal de Apelação reduziu, em 27 de dezembro, as sentenças para 15 anos, mas a organização reiterou as suas preocupações sobre o uso de provas não confiáveis no julgamento.
O grupo de direitos humanos expressou preocupação em relação a relatos de maus tratos e tratamento inadequado de problemas de saúde dentro da prisão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Olivier Nduhungirehe, disse hoje que o seu Governo "há muito tempo que não quer saber o que a Human Rights Watch escreve sobre o Ruanda".
O Ruanda recebe em junho a reunião dos chefes de Governo da Commonwealth, a qual inclui a discussão sobre governança e Estado de Direito.
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