Zimbabué "feliz" com a China após disputa por causa de ajuda bilateral
O presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, saudou hoje o relacionamento do seu país com a China, apesar de uma recente disputa pública sobre o montante da ajuda bilateral concedida por Pequim a Harare, arruinada financeiramente.
© Reuters
Mundo Diplomacia
"Estamos felizes, como zimbabuanos, pelo nosso relacionamento com a China", disse Mnangagwa após uma reunião em Harare com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
O ministro chinês, que concluiu hoje uma viagem pela África no Zimbábue, depois de passar pelo Burundi, Djibuti, Egito, Eritreia, "volta para casa satisfeito com o fato de o nosso relacionamento ter bases sólidas", acrescentou o Presidente zimbabuano.
No dia anterior, Wang Yi tinha prometido fortalecer a cooperação com o Zimbábue.
Estas declarações parecem pôr fim à disputa que opôs os dois países, em novembro último.
O Governo do Zimbábue estimou então que a ajuda bilateral de Pequim era de apenas 3,6 milhões de dólares (3,2 milhões de euros) entre janeiro e setembro de 2019, muito atrás da dos Estados Unidos da América.
Pequim criticou Harare por subestimar esse número, que foi corrigido para 136,8 milhões de dólares (122,8 milhões de euros).
A China é o maior parceiro comercial de África.
No Zimbábue, a sua presença é particularmente visível desde as sanções ocidentais impostas por quase 20 anos, principalmente contra a família do ex-Presidente Robert Mugabe, que morreu em 2019.
Os partidos da oposição acusam o Governo de vender minerais e outros recursos naturais à China.
O Zimbábue está em luta há 20 anos com uma crise económica e financeira catastrófica, agravada há meses por uma seca que ameaça de fome metade de seus 15 milhões de habitantes.
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