Pelo menos quatro mortos em ataque com carro-bomba na Somália
Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de dez ficaram feridas hoje na sequência de um ataque com um carro-bomba, perto do parlamento da Somália e já reivindicado pelos islamistas do Al-Shabab, segundo fontes da polícia.
© Reuters
Mundo Somália
As "informações iniciais disponíveis, indicam que quatro pessoas foram mortas e mais de 10 ficaram feridas", disse um responsável da polícia, Adan Abdullahi, à agência France-Presse (AFP).
Quando explodiu, o carro-bomba estava parado junto a outros veículos num posto de controlo de segurança, num cruzamento perto do parlamento e do palácio presidencial, na capital da Somália, Mogadíscio.
Os islamistas do Al-Shabab, ligados à Al-Qaeda e que levaram a cabo recentemente vários ataques, incluindo o de domingo contra uma base conjunta dos Estados Unidos da América e do Quénia, localizada neste país vizinho da Somália, já reivindicaram a autoria do ataque.
"O engenho explosivo estava num veículo", acrescentou Adan Abdullahi.
Segundo a mesma fonte, "as forças de segurança julgam que por sentir que não conseguiria passar no bloqueio da estrada, o bombista explodiu-o".
"Havia outros veículos na fila à espera da verificação pelas forças de segurança, quando a explosão ocorreu", adiantou.
O fumo negro espesso espalhou-se pelo céu, sobre Mogadíscio, após a explosão, que foi ouvida a vários quilómetros de distância.
Também se ouviram vários tiros após a explosão, mas as autoridades não confirmaram até agora nenhum confronto entre as forças de segurança e os islamistas do Al-Shabab.
Abdirahman Mohamed, uma testemunha que estava numa mercearia perto do local da explosão, disse ter visto "os corpos de várias pessoas mortas pelos estilhaços do veículo".
"Havia fumo e caos ao longo da estrada", disse Shamso Ali, outra testemunha.
"A explosão foi muito forte (...) vi fumo e vários veículos em chamas", acrescentou.
O Al-Shabab realiza regularmente ataques com carros-bomba em Mogadíscio e promete fazer cair o Governo do país, apoiado pela comunidade internacional e pelos 20.000 homens da força da União Africana na Somália (Amisom).
Expulsos de Mogadíscio em 2011, os islamistas do Al-Shabab perderam a maioria dos seus redutos, mas ainda controlam vastas áreas rurais, a partir das quais conduzem as suas operações.
Apesar dos avultados esforços internacionais para derrotá-los, os rebeldes islâmicos do Al-Shabab realizaram uma das operações mais mortíferas na Somália na última década, a 28 de dezembro, quando um veículo-bomba explodiu na capital, matando pelo menos 81 pessoas.
No domingo, atacaram uma base militar no sudeste do Quénia, perto da fronteira com a Somália, também utilizada pelos Estados Unidos da América, e mataram três americanos.
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