Mercados asiáticos em queda devido à tensão entre Irão e EUA
Os mercados de ações asiáticos fecharam hoje em queda na sequência da tensão entre o Irão e os Estados Unidos, que levou a OPEP a assegurar que a produção do petróleo no Iraque não está a ser afetada.
© Reuters
Economia EUA/Irão
A bolsa de Tóquio abriu hoje a cair 2,18%, na sequência do ataque do Irão contra bases no Iraque, onde estão estacionadas tropas dos Estados Unidos.
Nas primeiras transações do dia, o principal índice, o Nikkei, perdeu 2,18% para 23.060,97 pontos.
Na mesma direção, o segundo indicador, o Topix, perdeu 1,91% para 1.692,12 pontos.
O índice Nikkei reflete a média não ponderada dos 225 principais valores da bolsa de Tóquio.
Na China continental, o índice de Xangai caiu 1,22%, para 3.066,89 pontos, e o índice Shenzhen caiu 1,24%, para 1.769,58 pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng também estava em forte declínio no final da sessão.
Na Europa, as bolsas também abriram em baixa.
Entretanto, o secretário-geral da OPEP, Mohamed Barkindo, assegurou hoje que a produção de crude no Iraque não está a ser afetada.
"A produção de petróleo no Iraque não foi afetada (...) e a produção continua", disse Mohamed Barkindo, em conferência de imprensa.
Por sua vez, o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al Mazrouei, afirmou que não espera escassez de petróleo se houver agravamento da tensão no Médio Oriente.
Em caso de conflito, a OPEP teria de reunir-se e tomar medidas, mas, assegurou o responsável, "os mercados estão bem abastecidos".
O Irão disparou 22 mísseis contra forças militares situadas nas bases de Ain al-Assad e Arbil, no Iraque, como retaliação pela morte do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque norte-americano em Bagdade na sexta-feira.
Na sequência do ataque, a Europa lançou diversos apelos à contenção e a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, convocou a reunião dizendo que "o Alto Representante e vice-presidente [Josep] Borrell e outros comissários farão uma reflexão sobre as consequências, para as diferentes partes interessadas, dos desenvolvimentos no Iraque e na região".
O ataque de que resultou a morte do general Soleimani ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana na capital iraquiana que durou dois dias e só terminou quando o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o envio de mais 750 militares para o Médio Oriente.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares.
Os Estados Unidos abandonaram unilateralmente o acordo em maio de 2018.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com