A imagem mostra que o fumo chegou ao estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
Numa nota publicada na segunda-feira, o instituto Climatempo, que faz previsões meteorológicas, destacou que embora fosse provável a chegada do fumo ao Brasil tal não afetaria a previsão de chuva.
"Se a nebulosidade permitir, os gaúchos [moradores do Rio Grande do Sul] devem ver um pôr-do-sol mais avermelhado, alaranjado", destacou o Climatempo.
Hoje, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou em comunicado que os incêndios na Austrália, que causaram mais de vinte mortes, destruíram centenas de casas e geraram sérias perdas económicas, causaram também um agravamento da qualidade do ar que é uma ameaça à saúde.
Fumaça dos incêndios da Austrália avançou para a América do SulSaiba como foi o caminho da fumaça pelo oceano Pacífico. Rio Grande do Sul poderá ver efeitos da presença da fumaça. https://t.co/5Kw2HPZMKT pic.twitter.com/WbSXf65E9i
— CLIMATEMPO (@climatempo) January 7, 2020
Em particular, o fumo pode afetar a saúde de grupos mais sensíveis, como crianças, mulheres grávidas e idosos, e afetar os pacientes com doenças respiratórias e cardíacas, acrescentou a porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fadela Chaib.
Numa conferência de imprensa hoje em Genebra, Clare Nullis, porta-voz do OMM, afirmou que os incêndios na Austrália "estão a causar uma enorme destruição da vida selvagem, ecossistemas e do meio ambiente".
Clare Nullis alertou que, embora tenha havido alguma pausa nos últimos dias devido à ligeira descida da temperatura, o pior ainda está por vir porque o verão no hemisfério sul está apenas a começar.
A porta-voz da OMM adiantou que as alterações climáticas não são a única causa desta onda de incêndios, favorecida por um clima seco no leste da Índia e húmido no oeste, mas o aquecimento global está "sem dúvida" a ter um papel importante na situação que ocorre na Austrália.