Frelimo condena violência armada no Centro e Norte de Moçambique
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, condenou os ataques por grupos armados no norte de Cabo Delgado e encorajou as forças de defesa a defenderem as populações vítimas dos ataques iniciados em outubro de 2017.
© Lusa
Mundo Moçambique
"A comissão política [da Frelimo] condena veementemente esses atos de barbaridades que têm trazido morte e sofrimento nas populações", lê-se no comunicado do órgão da Frelimo, que hoje esteve reunido na sua 40.ª sessão.
O partido no poder em Moçambique encoraja as Forças de Defesa e Segurança a "intensificarem a sua ação combativa", como forma de garantir a defesa da paz, tranquilidade e ordem públicas, refere o documento, no qual a Frelimo também se manifesta solidária com as pessoas afetadas pelo mau tempo no norte e centro do país.
Em alguns pontos do Norte e Centro de Moçambique, especificamente em Cabo Delgado, Sofala e Manica, grupos armados têm protagonizado ataques contra viaturas civis, autoridades e aldeias.
No Norte, na província de Cabo Delgado, os ataques de grupos armados eclodiram há mais de dois anos e já provocaram pelo menos 300 mortos, além de deixar cerca de 60.000 afetados ou obrigados a abandonar as suas terras e locais de residência, de acordo com a mais recente revisão do plano global de ajuda humanitária das Nações Unidas.
Por outro lado, no Centro do país, especificamente nas províncias de Sofala e Manica, grupos armados têm protagonizado ataques contra viaturas em dois dos principais corredores rodoviários moçambicanos, a Estrada Nacional 1 (EN1), que liga o Norte ao Sul, e a Estrada Nacional 6 (EN6), que liga o porto da cidade da Beira ao Zimbabué e restantes países do interior da África austral.
Desde agosto de 2017, pelo menos 21 pessoas morreram em ataques de grupos armados que deambulam pelas matas nas províncias de Manica e Sofala e as autoridades moçambicanas têm responsabilizado os guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), liderados por Mariano Nhongo, general dissidente do partido e que exige a renúncia do atual líder, Ossufo Momade.
A Renamo, por sua vez, distancia-se dos episódios, considerando que continua a cumprir com as cláusulas do acordo de paz assinado em 6 de agosto entre Ossufo Momade e o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
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