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Grupo jihadista ataca base militar no Quénia usada pelos EUA

O grupo 'jihadista' somali Al-Shebab realizou hoje pela manhã uma tentativa de ataque a uma base militar no leste do Quénia, também utilizada pelas forças armadas dos Estados Unidos, e pelo menos quatro atacantes morreram, segundo o exército queniano.

Grupo jihadista ataca base militar no Quénia usada pelos EUA
Notícias ao Minuto

09:01 - 05/01/20 por Lusa

Mundo EUA

"Esta manhã, por volta das 5h30, horário local (2h30 em Lisboa), houve uma tentativa (dos 'jihadistas') de passar pela segurança em Manda Air Strip (nome da base aérea atacada). A tentativa foi repelida com êxito", referiram as Forças de Defesa do Quénia (KDF, siglas em inglês) num comunicado.

"Até agora, quatro corpos de terroristas foram encontrados. A pista de aterragem está segura. Devido à tentativa fracassada de invasão, ocorreu um incêndio que afetou alguns tanques de combustível localizados na pista. O fogo está sob controlo e procedimentos de segurança padrão estão em andamento", sublinharam as KDF.

A base Manda Air Strip está localizada no condado de Lamu, na fronteira com a Somália, e também é usada pelas tropas norte-americanas.

O grupo 'jihadista' somali Al-Shebab, ligado à Al-Qaida desde 2012, reivindicou o ataque num comunicado, identificando a base como "uma das muitas plataformas de lançamento da cruzada norte-americana contra o Islão na região".

Este seria, portanto, o segundo ataque que este grupo terrorista comete na mesma região do Quénia nos últimos dias, já que na quinta-feira o ataque a um autocarro de passageiros deixou pelo menos três mortos e três feridos.

Desde outubro de 2011, quando o Governo queniano enviou tropas militares para a Somália em resposta a uma onda de sequestros supostamente realizada pelo Al-Shebab no seu território, radicais islâmicos perpetraram numerosos ataques no Quénia.

A esse grupo - que controla parte do centro e sul da Somália e aspira a estabelecer um Estado islâmico wahhabi (ultraconservador) naquele país - foi atribuído, por exemplo, o ataque de 15 de janeiro do ano passado contra um complexo hoteleiro em Nairobi que causou 21 mortos.

O Al-Shebab reivindicou o ataque com um camião-cisterna cometido em 28 de dezembro em Mogadíscio e no qual pelo menos 92 pessoas morreram e mais de 125 ficaram feridas, o pior ato terrorista do grupo desde 2017 na capital somali.

A tentativa de ataque à Manda Air Strip ocorre no meio da crescente tensão entre os Estados Unidos e países do Médio Oriente, causada pela morte do general iraniano Qassem Soleimani, que ocorreu num bombardeamento norte-americano em Bagdad.

A ação militar dos Estados Unidos causou grande instabilidade nessa área e um crescimento da hostilidade contra os norte-americanos, uma crise que também poderá complicar a já difícil situação de segurança no Corno de África e, especialmente, na Somália.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos.

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