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Ruandês condenado por crimes de guerra durante genocídio vai recorrer

O advogado do antigo alto funcionário do Ruanda Fabien Neretsé, culpado de "crime de genocídio" em 1994, anunciou hoje que o seu cliente vai recorrer da sentença de 25 anos de prisão aplicada pela justiça belga.

Ruandês condenado por crimes de guerra durante genocídio vai recorrer
Notícias ao Minuto

22:43 - 03/01/20 por Lusa

Mundo Bélgica

Citado pelo portal The Brussels Times, o advogado referiu que foi interposto um recurso contra a condenação do seu cliente, proferida em dezembro de 2019, que colocaria Neretsé na prisão por 25 anos.

De acordo com a publicação, o advogado considera que o julgamento de Neretsé foi "manchado por irregularidades e manipulações", e acrescentou que o mandado de detenção emitido após a leitura da sentença foi ilegal.

Em dezembro de 2019, Neretsé, 71 anos e da etnia hutu, foi considerado culpado de nove "crimes de genocídio" cometidos no Ruanda entre abril e junho de 1994.

Os atos do acusado "causaram danos irreparáveis a toda a Humanidade e constituem atrocidade que desafiam a imaginação e ofendem profundamente a consciência humana", disseram os jurados na apresentação da sua decisão, lida pela presidente do Tribunal, Sophie Leclercq.

Neretsé é o primeiro ruandês condenado na Bélgica por genocídio, com as agências internacionais a descreverem o julgamento que durou seis semanas como "histórico".

O ruandês, que vivia em França, nega as acusações de ter denunciado o local onde se escondiam tutsis, acabando 13 deles assassinados pelas milícias hutu, em 1994.

Entre os mortos estava uma cidadã belga casada com um ruandês e mãe de uma jovem. A irmã da vítima belga vê agora Neretsé responder por crimes de guerra e genocídio.

Cerca de 800 mil pessoas morreram durante o genocídio do Ruanda, a grande maioria delas do grupo étnico tutsi.

Um Tribunal Penal Internacional para o Ruanda que julgou altas patentes e políticos foi dissolvido em 2015.

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