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Países pedem "calma" mas admitem que ataque "é passo arriscado"

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, pediu hoje a "todas as partes" envolvidas que reduzam a tensão após o ataque dos Estados Unidos a Bagdad, no Iraque, que provocou a morte do general iraniano Qassem Soleimani. Outros países, como a Alemanha, China, Rússia e França, pedem "calma" e manifestam-se preocupados.

Países pedem "calma" mas admitem que ataque "é passo arriscado"
Notícias ao Minuto

12:17 - 03/01/20 por Lusa

Mundo Iraque

"Sempre reconhecemos a ameaça agressiva que representava a força Quds iraniana liderada por Qassem Soleimani. Após sua morte, peço a todas as partes envolvidas que diminuam a tensão. Um grande conflito não é do nosso interesse", disse Raab num comunicado divulgado hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido.

A Alemanha também expressou hoje a sua "grande preocupação" após a morte do general Qassem Soleimani, pedindo também uma redução na escalada da tensão.

"Nós estamos num nível perigoso da escalada de tensão e agora é importante contribuir para uma redução desta com cautela e contenção", disse Ulrike Demmer, porta-voz da Chancelaria alemã, numa conferência de imprensa, apelando para que se procure soluções "através dos canais diplomáticos".

Mais cedo hoje, Rússia, França e China alertaram para as consequências da morte do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque considerado pelos russos como "perigoso" e que pode levar ao "aumento das tensões na região".

"O assassínio de Soleimani (...) é um passo arriscado que levará ao aumento das tensões na região", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, citado pelas agências RIA Novosti e TASS.

"Soleimani serviu fielmente os interesses do Irão. Oferecemos as nossas sinceras condolências ao povo iraniano", acrescentou o Ministério russo.

A França pediu "estabilidade" no Médio Oriente, após a morte do general, através da secretária de Estado para Assuntos Europeu, Amélie de Montchalin.

"Estamos a acordar num mundo mais perigoso. A escalada militar é sempre perigosa", disse Amélie de Montchalin à rádio RTL.

"Quando essas operações ocorrem, podemos ver claramente que a escalada está em andamento, quando queremos estabilidade e um decréscimo (da escalada) acima de tudo", acrescentou a secretária de Estado francesa.

Por seu lado, a China mostrou hoje "preocupação" e pediu "calma" depois da morte do general Qassem Soleimani.

"Pedimos a todas as partes envolvidas, especialmente aos Estados Unidos, que mantenham a calma e contenção para evitar nova escalada da tensão", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, aos jornalistas.

"A China há muito tempo que se opõe ao uso da força nas relações internacionais", disse Geng Shuang, pedindo "respeito" pela soberania e integridade territorial do Iraque.

A Guarda Revolucionária confirmou a morte do general Qassem Soleimani, na sequência de um ataque aéreo, na manhã de hoje, contra o aeroporto de Bagdad, que também visou o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].

O Presidente dos Estados Unidos ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono num comunicado. Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região".

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