Netanyahu interrompe viagem à Grécia após morte de general iraniano
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, interrompeu hoje a sua viagem oficial à Grécia para regressar a Israel na sequência da morte do general iraniano Qassem Soleimani, numa operação americana em Bagdade, informou o seu gabinete.
© Reuters
Mundo Netanyahu
Netanyahu, que chegou a Atenas na quinta-feira onde assinou um acordo com o Chipre e a Grécia de apoio a um projeto de gasoduto, ficaria naquele país até sábado, mas interrompeu a sua viagem após o anúncio da morte de Qassem Soleimani.
O primeiro-ministro israelita vai regressar a casa para acompanhar "os desenvolvimentos" depois do ataque aéreo.
O exército israelita já tinha ordnado o encerramento de uma estação de esqui no Monte Hérmon, nas colinas de Golã, controlada por Israel.
Entretanto, o vice-presidente do Parlamento do Iraque anunciou hoje a realização de uma sessão de emergência no parlamento no sábado para debater o ataque aéreo dos Estados Unidos
Hassan al-Kaabi destacou estar "na hora de acabar com a imprudência e a ignorância dos EUA", acrescentando que a sessão de sábado será dedicada à toma de "decisões para pôr fim à presença dos EUA no Iraque".
A Guarda Revolucionária do Irão confirmou hoje a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds general Qassem Soleimani, num ataque aéreo contra o aeroporto de Bagdad já reivindicado por Washington.
O ataque foi realizado por helicópteros norte-americanos, indicou.
Em simultâneo, o Pentágono anunciou que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a morte do general: "Por ordem do Presidente, as forças armadas dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal norte-americano no estrangeiro, matando Qassem Soleimani", de acordo com um comunicado.
Qassem Soleimani foi morto num ataque aéreo que também visou o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].
As duas mortes já tinham sido confirmadas pelas televisões estatais do Iraque e do Irão.
No comunicado, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviços norte-americanos no Iraque e em toda a região".
O ataque ao general iraniano "tinha como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos", acrescentou.
Numa aparente reação, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma imagem da bandeira norte-americana na rede social Twitter, sem qualquer comentário.
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